Morreu o actor António Montez, um dos rostos de Vila Faia

Falha renal vitimou o intérprete conhecido do grande público pelo seu trabalho em algumas das primeiras telenovelas feitas em Portugal.

Foto
Montez, ao centro, na apresentação da série da SIC "Senhores Doutores" em 1997 João Santos

O funeral realiza-se na quarta-feira, às 13h30, do centro funerário Santa Joana Princesa para o cemitério dos Olivais, em Lisboa, anunciou a agência funerária. O velório do actor realiza-se esta terça-feira, a partir das 18h, naquele centro funerário, à avenida dos Estados Unidos da América.     

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O funeral realiza-se na quarta-feira, às 13h30, do centro funerário Santa Joana Princesa para o cemitério dos Olivais, em Lisboa, anunciou a agência funerária. O velório do actor realiza-se esta terça-feira, a partir das 18h, naquele centro funerário, à avenida dos Estados Unidos da América.     

De acordo com o também actor Heitor Lourenço, que deu a notícia no seu perfil de Facebook esta tarde, António Montez morreu na sequência de falha renal num hospital de Lisboa onde se encontrava internado desde quinta-feira. “Um amigo” e “grande profissional”, descreveu Heitor Lourenço.

Vila Faia (1982), Origens (1983) e Chuva na Areia (1985), todas da RTP, são algumas das telenovelas em que António Montez participou, tendo mais recentemente feito parte do elenco de Floribella (2006, SIC), Vingança (2007, SIC) e Olhos nos Olhos(2008, TVI). Oriundo no Cartaxo, onde nasceu em 1941, Montez era casado e tinha três filhos, entre os quais a actriz Helena Montez. Nascido em 1941, no Cartaxo, a última vez que subiu ao palco na sua terra natal, foi em 1969, ao lado de Raul Solnado, na peça A Preguiça, no Cine-Teatro Ribatejo.

Do seu currículo fazem ainda parte os telefilmes O Outro Lado da Mentira, Há Sempre um AmanhãNoiva Precisa-se, todos de 2012. Fez parte do elenco de Amália – o filme (2008) e das séries Aqui não há quem viva (2006), Inspector Max (2004), Os Malucos do Riso (2003), Retalhos da vida de um médico (1980) ou O olhar da serpente (2002).

No cinema esteve na primeira curta de João Botelho, Alexandre e Rosa (1978), em Dina e Django, de Solveig Nordlund (1982) e
em Pedro só (1971), de Alfredo Tropa, no âmbito do Novo Cinema Português. 

Estreou-se em televisão em 1969 com Trilogia das Barcas, uma adaptação de Gil Vicente por Luís Francisco Rebello, e nos palcos no Teatro Experimental do Porto, companhia que, segundo a Lusa, integrou aos 23 anos depois de abandonar o curso de Medicina.

António Montez veio trabalhar para Lisboa no final da década de 1960 e trabalhando no teatro, na rádio e na televisão, informa a Lusa. Além de se afirmar como actor, Montez tem também créditos na realização e encenação em Morte de um Caixeiro Viajante, de Arthur Miller (1974), encenando e protagonizando Português, escritor, 45 anos de idade, de Bernardo Santareno, no Teatro Maria Matos. No ano da revolução, foi um dos fundadores do Teatro Adoque, adianta ainda a Lusa.  


Notícia corrigida às 17h17: indicação do número de filhos de António Montez
Notícia actualizada dia 23 às 14h10 com a informação do funeral