Pais lançam abaixo-assinado pedindo reposição de aulas e suspensão de exames

Abaixo-assinado vai percorrer as escolas até ao primeiro dia de aulas de Janeiro. Está marcada uma reunião para agendar uma manifestação nacional.

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Documento pede medidas para minimizar impacto de problemas resultantes dos erros na colocação de professores enric vives-rubio

A decisão foi tomada numa reunião do Movimento em Defesa da Escola que juntou, neste sábado, na Escola Secundária Camões, em Lisboa, cerca de duas dezenas de representantes de associações de pais e encarregados de educação (APEE), disse à Lusa Pedro Gomes, da direcção da APEE do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar.

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A decisão foi tomada numa reunião do Movimento em Defesa da Escola que juntou, neste sábado, na Escola Secundária Camões, em Lisboa, cerca de duas dezenas de representantes de associações de pais e encarregados de educação (APEE), disse à Lusa Pedro Gomes, da direcção da APEE do Agrupamento de Escolas do Alto do Lumiar.

Entre outros pontos, o abaixo-assinado pede a suspensão dos exames nacionais e a reposição de um mês e meio de aulas aos alunos, devido aos problemas resultantes dos erros na colocação de professores, que marcaram o arranque deste ano lectivo.

Outra preocupação, que vai estar expressa no documento, passa pelos cortes de 750 milhões de euros no sector no Orçamento de Estado, que comprometem as salas de multideficiência.

Segundo Pedro Gomes, vai deixar de haver condições para receber crianças com deficiências profundas porque as verbas não são suficientes para pagar aos técnicos. "No nosso caso, são 56 miúdos que estão em causa", afirmou.

O abaixo-assinado vai percorrer as escolas até ao primeiro dia de aulas de Janeiro, altura em que está marcada uma reunião para agendar uma manifestação nacional, que culminará com a entrega do documento na Assembleia da República.

Questionados sobre os resultados dos rankings das escolas, Pedro Gomes considerou que os maus resultados dos estabelecimentos públicos se devem à política do Governo e do Ministério da Educação que "acabam por matar um bocadinho a educação a cada ano que passa".

Para o representante dos pais, as diferenças entre escolas públicas e privadas "acentuam-se cada vez mais" porque as privadas têm melhores condições e, sobretudo, "estabilidade, o que se reflete nas notas".