Oposição critica “radicalismo privatizador” nos transportes
O Bloco de Esquerda acusa a maioria e o Governo de um “radicalismo privatizador” nos transportes que resulta numa “conta maior ao final do mês”. Alinharam nas críticas PS e PCP.
A TAP foi tomada como exemplo de um “desinvestimento” de “anos e anos” cujos resultados se traduzem em “atrasos diários, voos cancelados e todo um sem número de problemas operacionais criados pela falta de meios”, alertou a deputada.
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A TAP foi tomada como exemplo de um “desinvestimento” de “anos e anos” cujos resultados se traduzem em “atrasos diários, voos cancelados e todo um sem número de problemas operacionais criados pela falta de meios”, alertou a deputada.
Outro exemplo foi a privatização da ANA, depois do qual as tarifas aéreas “subiram oito vezes num ano”. O mesmo aumento foi sublinhado pelo deputado socialista Rui Paulo Figueiredo, que notou a “curiosa a correlação entre incidentes e notícias da privatização”.
Em jeito de crítica, o deputado socialista afirmou que se mantém a “trapalhada dos transportes, degradação acentuada dos serviços e uma grande opacidade”. O “desmantelamento” dos transportes e a ofensiva do Governo contra os trabalhadores também foi sublinhada por Bruno Dias, do PCP, prometendo dar luta ao Governo.
Na defesa da maioria, Adriano Rafael Moreira, do PSD, sustentou que o Governo apresentou um plano estratégico de transportes que “aposta nos transportes colectivos”, mas não uma “utopia de ter uma paragem à porta de cada cidadão”. Mariana Mortágua respondeu: “Utopia é achar que os privados não querem o lucro e têm um papel altruísta, isso é que é utopia”.
Na bancada do CDS, Hélder Amaral fez um reparo sobre os aumentos aeroportuários: “São três aumentos, não são sete, e têm a ver com aumento de passageiros”. O deputado centrista sublinhou ainda que o “resultado do sector empresarial de transportes melhorou” e que “tem havido uma aproximação entre a oferta e procura” e que “está mais sustentável”.
No período de declarações políticas desta quinta-feira o PS e o PCP escolheram os 35 anos do Serviço Nacional de Saúde para as suas intervenções – num plenário muito esvaziado de deputados –, enquanto PSD, CDS e Os Verdes prescindiram de fazer declarações próprias.