“É uma pena que o Porto seja falado por este motivo muito negativo, quando há tanta coisa positiva a acontecer. Este não é um bom cartão de visita”, atirou Rui Sá, referindo-se não apenas à retirada dos pendões, no dia 3 de Maio, mas a tudo o que se lhe seguiu e que culminou com a autarquia a recorrer para o Tribunal Constitucional depois de se recusar cumprir uma ordem da Comissão Nacional de Eleições, que ordenara a reposição do material.

Para o comunista, Rui Moreira está a trilhar um caminho que o levará por “uma escalada negativa”. Ao considerar a CNE, “um órgão previsto na constituição, uma espécie de força de bloqueio”, notou, “daqui a algum tempo estará a afirmar o mesmo dos jornalistas, como dizia Rui Rio”, criticou o antigo vereador que colaborou com Rio no primeiro mandato daquele e que, a partir de 2005, com a primeira maioria absoluta conseguida pelo ex-presidente da Câmara, viu começarem os problemas com a propaganda política.

A CDU viu retiradas pela Câmara do Porto centenas de pendões, que ainda não foram devolvidos. É “dinheiro e trabalho militante” que é posto em causa pela autarquia, assinalou Artur Ribeiro que, depois de ter ouvido do presidente da Câmara garantias de que o material ia ser reposto, nos primeiros dias da semana passada, entende que o independente acabou por ceder ao CDS, partido do vereador Sampaio Pimentel, que estava no anterior executivo e tem a seu cargo a fiscalização dos regulamentos.