Aguiar-Branco afirma que Portugal vai ter uma "saída limpa" do programa de ajustamento

Ministro da Defesa não tem dúvidas de que o desfecho da troika constitui um "grande motivo de orgulho" para os portugueses.

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Aguiar-Branco não tem dúvidas que Portugal terá uma saída "limpa" Enric Vives-Runio

 "No final de um programa de ajustamento muito exigente, em que foi preciso um grande sacrifício de todos nós, vamos ter a capacidade para sair de uma forma limpa, sustentável e que prudentemente garante um futuro mais optimista em relação a todos os portugueses", afirmou o governante.

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 "No final de um programa de ajustamento muito exigente, em que foi preciso um grande sacrifício de todos nós, vamos ter a capacidade para sair de uma forma limpa, sustentável e que prudentemente garante um futuro mais optimista em relação a todos os portugueses", afirmou o governante.

As declarações de Aguiar-Branco surgem na véspera da chegada a Lisboa dos técnicos da missão da troika para a 12.ª avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal, a última do período do resgate.

Para o ministro da Defesa Nacional, este último exame significa que todos os portugueses devem fazer um esforço para nunca mais voltar a ter necessidade de recorrer a este tipo de ajustamento.

Questionado pelos jornalistas quanto ao tipo de saída de Portugal do programa de ajustamento, Aguiar-Brando referiu que isso será anunciado no "momento certo e oportuno", sublinhando que "será sempre uma saída que garante a sustentabilidade das contas públicas, a continuação de uma lógica de crescimento e a descida da taxa de desemprego".

O ministro da Defesa assinalou ainda o que considerou ser uma "grande alteração qualitativa" - "quando antes se dizia que era necessário um segundo regate e que Portugal não iria ter possibilidade de fazer uma saída limpa e, hoje, já estamos a discutir que tipo de saída é que vai acontecer", disse.

Aguiar-Branco falava após uma visita ao Museu Marítimo de Ílhavo (MMI) onde foi assinado, esta manhã, um protocolo entre os Estaleiros de Viana do Castelo e a Câmara de Ílhavo para a cedência temporária de parte do espólio físico e documental da empresa para fins culturais e científicos.

O espólio dos Estaleiros de Viana do Castelo que ficará depositado no MMI inclui documentação e maquetas de navios da pesca do bacalhau.

"Trata-se de um espólio expressivo e valioso", disse à Lusa o responsável pelo MMI, Álvaro Garrido, acrescentando que o acervo "vai ser preservado, catalogado e incorporado".