Uma firmeza bastante tímida com as praxes

É um assunto recorrente e longe de ser consensual. E ontem o Parlamento foi o espelho das divisões que o tema gera e que ganhou actualidade depois da morte de seis alunos da Lusófona no Meco, estando ainda a ser investigado se tal aconteceu num contexto de praxes académicas. Os deputados discutiram dois projectos de resolução, um do Bloco que foi chumbado, e outro da maioria que foi aprovado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

É um assunto recorrente e longe de ser consensual. E ontem o Parlamento foi o espelho das divisões que o tema gera e que ganhou actualidade depois da morte de seis alunos da Lusófona no Meco, estando ainda a ser investigado se tal aconteceu num contexto de praxes académicas. Os deputados discutiram dois projectos de resolução, um do Bloco que foi chumbado, e outro da maioria que foi aprovado.

Se parece ser consensual que nenhum aluno deve ser obrigado ou coagido a participar nas praxes académicas e que se devem evitar praxes humilhantes, degradantes ou sexistas, também parece ser bastante consensual que ninguém se entende sobre a melhor forma de travar e evitar tais práticas. A criação de um grupo de trabalho (mais um) para lidar com o tema parece pouco ou nada acrescentar. Mas uma campanha institucional de sensibilização pela “tolerância zero à praxe violenta e abusiva” já é um passo na direcção certa.