13 grandes incêndios activos, Caramulo volta a ser um deles

Na serra o fogo passou perto de casas e algumas pessoas foram retiradas por precaução. No país há quase 1300 bombeiros a tentarem controlar as chamas.

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O risco máximo de incêndio em muitos concelhos está a dificultar o trabalho dos bombeiros Enric Vives-Rubio/arquivo

De acordo com a informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o incêndio que começou na manhã de quarta-feira tem ainda duas frentes activas. O incêndio atravessou durante a noite várias zonas habitadas, disse à Lusa o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Viseu. Por precaução, algumas pessoas foram retiradas das suas casas.<_o3a_p>

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De acordo com a informação da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o incêndio que começou na manhã de quarta-feira tem ainda duas frentes activas. O incêndio atravessou durante a noite várias zonas habitadas, disse à Lusa o Comandante Distrital de Operações de Socorro de Viseu. Por precaução, algumas pessoas foram retiradas das suas casas.<_o3a_p>

"Já atravessou várias populações, grande parte dos meios dos bombeiros esteve na protecção das habitações, que são várias espalhadas por toda a serra", afirmou António Ribeiro. O comandante explicou que na Serra do Caramulo há uma grande dispersão de habitações, aldeias e pequenas aldeias e algumas casas isoladas.<_o3a_p>

O combate está a ser especialmente dificultado pelo vento “brutal”, segundo explicou à Lusa o presidente da Câmara de Tondela. Ainda assim, tem sido possível proteger até ao momento as povoações, bens e pessoas. <_o3a_p>

“Para já tem-se conseguido proteger as populações, sobretudo no concelho de Tondela e de Oliveira de Frades [distrito de Viseu], mas a situação está muito difícil por causa do vento. É a maior dificuldade, é uma coisa enormíssima e brutal. Entretanto, já começaram a funcionar os meios aéreos, o que pode vir a ajudar a resolver alguns dos problemas que temos”, adiantou Carlos Marta. <_o3a_p>

O autarca informou que existe apenas informação de uma habitação que foi atingida pelas chamas em Oliveira de Frades, e assinalou que o fogo está a avançar em direcção a Agadão, no concelho de Águeda, já no distrito de Aveiro. “Se o vento não parar, vai ser muito complicado”, sublinhou, acrescentando que neste momento “ninguém faz previsões” quanto a um eventual epílogo deste incêndio, que na última noite atravessou várias zonas habitadas. <_o3a_p>

Em termos de distritos, o Porto é o que está a ser mais afectado pelos incêndios de maiores proporções com quatro activos nos concelhos de Baião, Maia e dois em Marco de Canaveses, sendo que um deles, em Lugar de Reguengo, foi entretanto dominado. Ao todo, no país há quase 1300 bombeiros apoiados por mais de 330 veículos a tentarem controlar as chamas.

Em Braga há três incêndios destacados pela ANPC, nos concelhos de Vila Verde, Póvoa de Lanhoso e Vila Nova de Famalicão. Os dois primeiros foram entretanto considerados dominados. Em Bragança há dois dias que lavra um incêndio no concelho de Vila Flor, sendo que no terreno continuam mais de 100 homens e de 30 veículos.

Em Bragança desde terça-feira que o Parque Natural do Alvão, em Mondim de Basto, continua a arder, mobilizando mais de 200 bombeiros, num total de 300 operacionais. Os restantes três incêndios são nos distritos da Guarda (Vila Nova de Foz Côa), Castelo Branco (Covilhã), e Coimbra (Soure).

Ao longo do dia de quarta-feira a ANPC registou um total de 327 ocorrências, para as quais foram mobilizados 7561 operacionais e 1675 veículos. E o trabalho dos bombeiros deverá continuar a ser complicado já que nesta quinta-feira mais de três dezenas de concelhos do Norte e Centro de Portugal continental apresentam risco máximo de incêndio, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Ponte da Barca e Caminha (Viana do Castelo), Cabeceiras de Basto (Braga), Ribeira de Pena e Vila Pouca de Aguiar (Vila Real), Gondomar e Valongo (Porto), Castelo de Paiva (Aveiro), Cinfães, Resende, São Pedro do Sul, Castro Daire, Vila Nova de Paiva, Moimenta da Beira, Sernancelhe e Mangualde (Viseu), Miranda do Corvo, Arganil, Góis, Pampilhosa da Serra (Coimbra), Guarda, Gouveia, Sabugal, Celorico da Beira, Fornos de Algodre, Aguiar da Beira e Trancoso (Guarda), Oleiros, Sertã e Vila de Rei (Castelo Branco), Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos (Leiria), Sardoal e Mação (Santarém), são os concelhos que estão hoje com risco máximo, cita a Lusa.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, variando entre reduzido e máximo. O cálculo é feito com base nos valores observados às 13h de cada dia da temperatura do ar, humidade relativa, velocidade do vento e quantidade de precipitação ocorrida nas últimas 24 horas.

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