Fogo em Foz Côa não ameaça figuras rupestres

As gravuras de arte rupestre de Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, não estão ameaçadas pelas chamas, confirmou à Lusa o presidente da Câmara, estando o incêndio a fustigar a margem esquerda do rio Côa.

O incêndio deflagrou às 00h53 em Almendra, concelho de Vila Nova de Foz Côa, e o seu combate tem sido dificultado pelo vento e pelo declive do terreno.

A dificuldade no combate e o perigo de que este incêndio afecte o Parque Arqueológico de Foz Côa levou o secretário de Estado da Cultura a emitir um comunicado dizendo que “acompanha com preocupação” a situação.

“O Ministério da Administração Interna, o gabinete do secretário de Estado da Cultura, a Protecção Civil, a Câmara Municipal de Foz Côa e a Fundação Côa Parque estão a acompanhar de forma articulada e permanente o evoluir da situação”, lê-se no comunicado.

Contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Foz Côa assegurou que o património arqueológico não está em risco, “pelo menos para já”.

“E espero que não venha [a estar em risco] porque também houve o cuidado de limpar à volta da Casa do Guarda e à volta das gravuras. Estava tudo limpo e portanto o incêndio não chegou lá”, adiantou Gustavo Duarte.

O autarca disse que tinha estado na zona do incêndio por volta das 21h30 e que nessa altura as chamas na margem direita do rio Côa estavam praticamente extintas.

“Com o vento passou de uma margem para a outra e na margem esquerda ainda estava a lavrar, mas mais no alto e penso que não haverá problema em termos do património”, disse o autarca.

Gustavo Duarte esclareceu que a zona que está a arder é uma zona de mato e que os prejuízos afectam sobretudo árvores de fruto e vinha, garantindo que as chamas não estão a ameaçar povoações ou habitações.

De acordo com a página da internet da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), o incêndio de Vila Nova de Foz Côa tinha às 22h10 duas frentes activas e mobilizava 75 operacionais e 21 viaturas. 

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