A fotografia com telemóvel também recebe prémios

60 países participaram na sexta edição dos prémios de fotografia com iPhone e um dos premiados é Daniel Fonseca, do Porto.

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Bob Weil, 3º lugar na categoria Fotógrafo do Ano
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Brolin Roney, 2º lugar na categoria Fotógrafo do Ano
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Holly Wesley, 1º lugar na categoria Fotógrafo do Ano
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Daniel Fonseca, português, 1º lugar na categoria Vida Quotidiana
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David Rondeau, 1º lugar na categoria Estações
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Jenny Friedman, 1º lugar na categoria Viagem
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Jon Resnik, 1º lugar na categoria Animais
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Jose Luis Barcia, 1º lugar na categoria Arquitectura
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Britta Hershman, 1º lugar na categoria Flores
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Lisa Jay, 1º lugar na categoria Outros
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Luyu Huang, 1º lugar na categoria Lifestyle
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Angel Jimenez, 1º lugar na categoría Pôr do Sol
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Kim Hanskamp, 1º lugar na categoria Pessoas
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Massimo Calogero, 1º lugar na categoria Gastronomia
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Mohammed Radhi, 1º lugar na categoria Notícias
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Tomas Stankiewicz Baldassarri, 1º lugar na categoria Natureza
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Yvonne Naughton, 1º lugar na categoria Crianças
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Maegan Moore, 1º lugar na categoria Paisagem
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Jenny Friedman, 1º lugar na categoria Árvores

Haverá entre os concorrentes alguns profissionais, mas isso não é condição para participar. O maior critério é ter um tipo muito específico de telemóvel: o iPhone Photography Awards (IPPAWARDS) é uma competição de fotografias feitas com iPhone. Depois dos resultados de 2013 revelados, em que um português foi premiado, este concurso está já a receber candidaturas até Março para a sétima edição.

Foi o nova-iorquino Kenan Aktulun que teve a ideia quando viu a forma como os seus amigos usavam este telemóvel. Fundou o IPPAWARDS em 2008, sem qualquer ligação à Apple, a empresa do iPhone. “Tive a ideia quando reparei que o iPhone mudou os comportamentos dos seus utilizadores. De repente, todos os meus amigos que tinham um iPhone andavam a tirar fotografias como telemóvel”, disse Kenan ao PÚBLICO por e-mail.

O concurso, em que participaram este ano concorrentes de 60 países, está dividido por 16 categorias que nos lembram o tipo de fotografias que vemos em redes sociais como o Instagram: comida, pôr-do-sol, animais, flores. Mas também há espaço para a arquitectura ou notícias e eventos. A escolha destas categorias está relacionada com aquilo que Kenan reconhece como os motivos mais fotografados com este telemóvel.

Sem revelar números, o fundador desta competição diz que este ano, as categorias mais concorridas foram paisagem, natureza e crianças. A única participação portuguesa premiada com um primeiro lugar concorreu à secção natureza morta: Daniel Fonseca, natural do Porto, ganhou o primeiro prémio na edição deste ano. A fotografia que enviou mostra um estendal visto por baixo e foi captada em Guimarães, em Agosto de 2012, durante a Capital Europeia da Cultura.

“Numa das praças estava uma instalação que utilizava estas camisas e achei um efeito visualmente tão interessante que não resisti a fotografar e processar a foto”, disse ao PÚBLICO por e-mail. Para além da fotografia vencedora, enviou outras 9. As regras do concurso permitem que por pessoa sejam enviadas no máximo 10 fotografias, sendo que, há um valor a pagar na inscrição – para a edição de 2014, o envio de 10 fotografias significa o pagamento de 27,5 dólares (cerca de 20 euros). Para Daniel Fonseca, o resultado foi um primeiro prémio e duas menções honrosas, uma também na categoria de natureza morta, com uma fotografia tirada no Algarve, a chapéus-de-sol amarelos abertos no chão, outra na categoria de arquitectura, com uma imagem da ponte de Portimão.

“Acho que é uma excelente forma de divulgar o nosso país a todo o mundo e mostrá-lo de uma forma muito moderna”, diz Daniel, que aproveita o iPhone não só para fotografar mas também para alterar as fotos com filtros, o que é permitido pelo concurso, desde que seja feito apenas através de aplicações iPhone. Cerca de 60% das fotografias enviadas para o IPPAWARDS foram alteradas com estas aplicações. Para Kenan Aktulun, aplicar um filtro no iPhone no momento em que se fotografa faz parte da maneira como o fotógrafo se sente em relação àquele instante. “Não permitimos fotografias corrigidas no computador porque quando alteramos as imagens posteriormente já estamos com um estado de espírito diferente”, explica o fundador.

“Adoro a sua versatilidade e possibilidade de facilmente fazer filtros sobre filtros e, assim, criar um resultado único, dificilmente repetível (nem mesmo por mim mesmo)”, diz Daniel que, sendo fotógrafo amador, começou a apaixonar-se pela fotografia há cerca de 10 anos, quando comprou a sua primeira máquina digital. Em 2012, com o seu iPhone descobriu a iPhonography, a fotografia feita com estes telemóveis.

Tal como Daniel, apesar de haver muitas participações de profissionais, a maioria dos participantes são apenas “pessoas que adoram capturar momentos com o seu iPhone”, conta Kenan.

“A minha Nikon e o conjunto de lentes que tenho dá-me algumas possibilidades técnicas que não consigo ter no iPhone. O facto de ter sempre o iPhone comigo, a sua simplicidade de utilização, as aplicações para trabalhar as fotos e a possibilidade de as partilhar imediatamente (incluindo até a informação do preciso local em que foram tiradas) é algo que me fascina”, diz Daniel que, ainda assim, não consegue dizer que prefere a fotografia com o telemóvel.

Para Kenan Aktulun a beleza das fotografias tiradas com iPhone não está na sua qualidade, até porque, confessa, as que recebe para o concurso nem sempre são as melhores. “É a recordação de um momento que tem algum tipo de significado e a que por alguma razão ficamos ligados emocionalmente. É essa a razão por que a iPhonography está a crescer e milhões de pessoas partilham as suas fotos todos os dias.”

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