Marques Mendes e Campos e Cunha criticam ministra das Finanças

Ex-líder do PSD diz que ministra não se deve demitir. Ex-ministro das Finanças considera que a governante não tem peso político.

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Os impostos diferidos já há vários meses justificavam prolongadas negociações entre o Governo e o sector bancário enric vives-rubio

Sábado, no Jornal da Noite da SIC, Luís Marques Mendes acusou Maria Luís Albuquerque de cometer “uma falha de alguma azelhice política”. “Ela teve aqui uma falha, uma falha de alguma azelhice política. Agora, é motivo para a demissão? Isso também é um exagero”, defendeu o comentador político e antigo líder do PSD, considerando que não existe nenhuma evidência de que Maria Luís Albuquerque tenha faltado à verdade no Parlamento.

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Sábado, no Jornal da Noite da SIC, Luís Marques Mendes acusou Maria Luís Albuquerque de cometer “uma falha de alguma azelhice política”. “Ela teve aqui uma falha, uma falha de alguma azelhice política. Agora, é motivo para a demissão? Isso também é um exagero”, defendeu o comentador político e antigo líder do PSD, considerando que não existe nenhuma evidência de que Maria Luís Albuquerque tenha faltado à verdade no Parlamento.

Para o economista e ex-ministro das Finanças do Governo de José Sócrates, Luís Campos e Cunha, a ministra não tem o peso político e técnico de Vítor Gaspar. Em entrevista ao Diário de Notícias, este domingo, o ex-governante diz que  "a partir deste momento o primeiro-ministro é verdadeiramente o ministro das Finanças."

Quanto à polémica dos swaps, Campos e Cunha é da opinião que deve ter-se em conta que "foram contratados fundamentalmente durante o Governo anterior e são esses gestores das empresas públicas e alguns responsáveis políticos os primeiros responsáveis". Mas, alerta, que esses instrumentos financeiros "em si mesmo, não são necessariamente maus pois os swaps são necessários e importantes para a gestão das finanças empresariais".

Recorde-se que na sexta-feira, PS, PCP e Bloco de Esquerda pediram a demissão de Maria Luís Albuquerque, acusando-a de ter mentido no Parlamento. Ao Expresso a ministra disse já ter posto o seu lugar à disposição. Este domingo, em Alijó, o primeiro-ministro Passos Coelho voltou a reafirmar a confiança na governante: "O futuro mostrará que a [minha] confiança é justificada porque estamos a resolver um problema muito sério."

Passos Coelho lembrou que o seu Governo herdou muitos desses contratos, que "foi preciso aparecer a troika para fazer o levantamento" dos mesmos e que Maria Luís Albuquerque, então como secretária de Estado e agora como ministra tem acompanhado este processo.