PSD conta com o PS para melhorar regime de serviços mínimos

Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro reiterou que o Governo pode vir a "alterar" a lei da greve, caso a interpretação dos tribunais superiores não foi coincidente com a do Governo sobre os serviços mínimos da greve dos professores em dia de exame. 

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Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro reiterou que o Governo pode vir a "alterar" a lei da greve, caso a interpretação dos tribunais superiores não foi coincidente com a do Governo sobre os serviços mínimos da greve dos professores em dia de exame. 

Montenegro disse ainda ser "prematuro" avançar com mais detalhes sobre a alteração à lei por se esperar pela "pronúncia" dos tribunais. O líder da bancada do PSD criticou o líder do PS por não se pronunciar sobre a marcação de uma greve em dia de exames. "É preciso saber se um putativo candidato a primeiro-ministro concorda que haja greve no dia de um exame, que é de acesso ao ensino superior", afirmou.

Momentos antes, António José Seguro não esclareceu a sua posição sobre a marcação da greve dos professores num dia de exames, apelando apenas ao "bom senso" nas conversações entre Governo e sindicatos. 

Pelo PCP, o deputado João Oliveira considerou a declaração do primeiro-ministro sobre a alteração à lei da greve "inaceitável" por "mostrar o desprezo deste Governo sobre os portugueses e trabalhadores". O deputado apelou "à luta dos portugueses para defenderem o direito à greve".

Na mesma linha, a deputada bloquista Mariana Aiveca considerou a situação "inaceitável". O Governo "demonstra a brutalidade da sua força para esmagar direitos, para esmagar serviços públicos, para esmagar o que foram as conquistas da liberdade e da democracia", afirmou.