Nawaz Sharif declara a vitória nas eleições no Paquistão e Imran Khan felicita-o

Depois do fecho das urnas nas eleições de sábado, a vantagem do líder da Liga Muçulmana não era oficial mas era incontestável.

Foto
A imagem de vitória de Nawaz Sharif encheu as primeiras páginas dos jornais deste domingo no Paquistão AAMIR QURESHI/AFP

“Devemos agradecer a Alá ter dado à PLM-N outra oportunidade de servir o Paquistão”, afirmou frente a uma multidão de apoiantes na cidade de Lahore. “Os resultados continuam a cair, mas temos já a confirmação de que a PML-N vai emergir como o principal partido.” O seu principal rival, Imran Khan do Movimento para a Justiça (PTI) reconheceu a derrota e felicitou Sharif.

Mais tarde, num discurso na televisão a partir do hospital onde recupera de uma forte queda, Imran Khan saudou o avanço democrático que esta eleição representa, mas evocou as acusações de fraude feitas por membros do seu partido. Sem dar pormenores, anunciou que o PTI “publicaria um dossier” fazendo um levantamento dessas irregularidades.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Devemos agradecer a Alá ter dado à PLM-N outra oportunidade de servir o Paquistão”, afirmou frente a uma multidão de apoiantes na cidade de Lahore. “Os resultados continuam a cair, mas temos já a confirmação de que a PML-N vai emergir como o principal partido.” O seu principal rival, Imran Khan do Movimento para a Justiça (PTI) reconheceu a derrota e felicitou Sharif.

Mais tarde, num discurso na televisão a partir do hospital onde recupera de uma forte queda, Imran Khan saudou o avanço democrático que esta eleição representa, mas evocou as acusações de fraude feitas por membros do seu partido. Sem dar pormenores, anunciou que o PTI “publicaria um dossier” fazendo um levantamento dessas irregularidades.

Este domingo, e quando estava escrutinada mais de metade dos votos, segundo a AFP, a Liga Muçulmana tinha garantido 115 dos 272 assentos parlamentares decididos por eleição, a uma distância confortável do Movimento para a Justiça (PTI) de Imran Khan, antiga estrela do críquete e do Partido do Povo (PPP, da dinastia Bhutto) no poder desde 2008 mas que deverá terminar em terceiro. O Parlamento dispõe de 342 lugares, mas 60 estão reservados a mulheres e dez a membros das minorias não muçulmanos.

A participação estimada de 60%, a confirmar-se, será a mais alta desde 1977, apesar da violência que resultou em 26 mortes em atentados em Karachi, Peshawar e noutras localidades e depois duma sangrenta campanha em que 150 pessoas terão morrido em acções ligadas às eleições no último mês.

Nawaz Sharif prepara-se para formar um governo de coligação para, como disse, “resolver os problemas do país”. O líder da Liga Muçulmana, que regressa ao poder depois de ter sido deposto num golpe militar em 1999, tem como principais desafios a economia e os taliban, escreve a AFP.

Para o Paquistão, esta é uma eleição histórica por ser a primeira vez desde a independência que um governo democraticamente eleito dá lugar a outro que chega ao poder em eleições e não através de um golpe militar.

 

Notícia actualizada às 14h45 com mais declarações de Imran Khan