A tristeza de Jesus e a alegria de Vítor Pereira em gif animado

Emoções opostas na hora do golo decisivo no FC Porto-Benfica.

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Pimenta Machado, antigo presidente do Vitória de Guimarães, celebrizou a frase “o que hoje é verdade no futebol, amanhã é mentira”. A tirada aplicava-se mais ao que se passa fora dos relvados. Lá dentro, a vertigem do tempo é ainda maior. Um segundo ou um minuto, um toque na bola, um ressalto, uma desatenção, mudam tudo num piscar de olhos.

Na semana que agora acaba, Alex Ferguson anunciou a sua despedida do futebol e pelo mundo fora recordou-se aquela final de 1999 em que no minuto 90 o Bayern Munique era quase campeão europeu e pouco depois o Manchester United marcava dois golos de canto e ganhava a Liga dos Campeões.

No FC Porto-Benfica deste sábado aconteceu algo parecido. O empate deixava os lisboetas com as portas do título abertas. Durante 91 minutos, o Benfica esteve sempre numa situação mais favorável. E tudo parecia bem encaminhado. Os portistas já pareciam sem forças para ganhar e a equipa da Luz até conseguia afastar o jogo da sua área.
Só que, em poucos segundos, os treinadores Jorge Jesus e Vítor Pereira viram as suas vidas mudar. A estratégia de um passou a ser errada e a do outro milagrosa. Liedson e Kelvin, dois protagonistas secundários neste FC Porto, saíram do banco e construíram a jogada que pode mudar o rumo do campeonato.

Assim que o remate de Kelvin tocou as redes, Jorge Jesus ajoelhou-se. Uma imagem que ameaça tornar-se icónica. Como se num segundo ruísse o trabalho de uma época inteira. Como se a protecção divina tivesse abandonado o técnico do Benfica.

Ao mesmo tempo que Jesus se ajoelhava (como mostra o gif animado criado pelo jornalista do PÚBLICO Alexandre Martins), Vítor Pereira corria de alegria, quase em lágrimas. O treinador do FC Porto viveu o sentimento inverso. Num minuto, deixou de ser o perdedor para ser o quase campeão.

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