Lituanos dizem “não” a nova central nuclear

Segundo os resultados parciais do referendo, publicados pela comissão eleitoral nacional, 62,7% dos cidadãos votaram contra a central e 33,96% a favor. O referendo – que registou 52% de participação - foi consultivo, por isso, os líderes lituanos não estão obrigados a abandonar o projecto da nova central.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo os resultados parciais do referendo, publicados pela comissão eleitoral nacional, 62,7% dos cidadãos votaram contra a central e 33,96% a favor. O referendo – que registou 52% de participação - foi consultivo, por isso, os líderes lituanos não estão obrigados a abandonar o projecto da nova central.

“Sou contra a nova central porque o nosso país não precisa de uma bomba”, disse à agência AFP Vygandas, 34 anos, que recuou dar o seu apelido. “Votei contra o referendo. Sou contra por razões de protecção do Ambiente, de segurança e financeiras”, disse Lina Kacinksiene.

O projecto de construção de uma central nuclear em Visaginas visa substituir o reactor de Ignalina, parado em 2009, conforme os compromissos assumidos pela Lituânia aquando a sua entrada na União Europeia, em 2004.

Mas a base de apoio à central na Lituânia, um dos países da União Europeia mais dependentes da importação de energia, ficou enfraquecida depois do desastre nuclear de Fukushima, no Japão, em Março de 2011.