Colecção de Artur Jorge já rendeu mais de 1,5 milhões

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A Christie"s vendeu ontem em Paris mais algumas dezenas de obras da colecção do treinador de futebol, reservando outras para leiloar em Março e Maio

Um conjunto de obras de arte da colecção do treinador de futebol Artur Jorge rendeu mais de um milhão de euros num leilão de arte contemporânea que terminou ontem nas instalações da Christie"s em Paris.

Uma escultura do artista francês Yves Klein (1928-1962), Éponge, licitada anteontem, no primeiro dia do leilão, foi a peça mais valorizada, tendo alcançado 253 mil euros.

Nenhuma outra peça da colecção de Artur Jorge atingiu os cem mil euros, mas algumas andaram perto, como uma tela sem título do pintor e cineasta nova-iorquino Julian Schnabel, comprada por 91 mil euros.

As obras provenientes da colecção do treinador português incluíam ainda trabalhos de artistas como Jackson Pollock, Karel Appel, Gerhard Richter ou Joseph Beyus, entre muitos outros.

Este foi o segundo leilão em que a Christie"s levou à praça peças que pertenceram a Artur Jorge. No passado dia 2, tinha já leiloado um conjunto de mais de vinte desenhos e pinturas de artistas ligados às vanguardas da primeira metade século, como Picasso, Salvador Dalí, Kandinski, Man Ray, Max Ernst, Ferdinad Léger, Marc Chagall, Matisse ou Francis Picabia. Duas obras deste último - um óleo sobre cartão (Portrait d"une Blonde) e um desenho a tinta-da-china (Portrait de Jacques Hébertot) - foram as obras que alcançaram valores mais altos, tendo sido compradas, respectivamente, por 75.400 e 85 mil euros. No total, este primeiro conjunto de obras leiloadas rendeu mais de 600 mil euros, que, somados aos resultados do leilão de ontem, ultrapassam 1,5 milhões de euros.

E a Christie"s reservou ainda algumas dezenas de peças da colecção do treinador português para leilões a realizar em Março e Maio. Entre elas contam-se, por exemplo, trabalhos do precocemente desaparecido artista americano Jean-Michel Basquiat (1960-1988), que costumam atingir somas consideráveis em leilões de arte.

Antes de vender parte da sua colecção, Artur Jorge expôs no Centro Cultural de Belém, no início de Novembro, uma escolha das peças que foi reunindo ao longo da vida, nomeadamente quando vivia em Paris.

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