Costa falhou acordo de última hora com PCP e Bloco para a CM de Lisboa

Foto
PCP e Bloco, já com candidatos anunciados, recusaram proposta de Costa Nuno Ferreira Santos (arquivo)

O PÚBLICO apurou que um dos derradeiros esforços foram feitos com o BE, já depois das eleições europeias, em que o PSD venceu e os socialistas saíram derrotados. Com o PCP, os contactos são mais antigos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O PÚBLICO apurou que um dos derradeiros esforços foram feitos com o BE, já depois das eleições europeias, em que o PSD venceu e os socialistas saíram derrotados. Com o PCP, os contactos são mais antigos.

Em ambos os casos, tudo acabou em nada, a exemplo do que já tinha acontecido antes. Até porque tanto os comunistas, com Ruben de Carvalho, como os bloquistas, com Luís Fazenda, já tinham lançado os seus candidatos à maior câmara do país.

Hoje, depois da assinatura do acordo que permitirá a Sá Fernandes um lugar elegível nas listas do PS, António Costa deixou em aberto a hipótese de novos entendimentos para “o alargamento da base de apoio” da sua candidatura, mas não disse com quem. No limite, “com os lisboetas”.

Contente com os apoios recebidos nos últimos dias — entre eles o do escritor comunista e Nobel da Literatura José Saramago —, Costa anunciou também que o seu mandatário financeiro será António Pina Pereira, que tivera a mesma função na candidatura presidencial de Manuel Alegre.

Já José Sá Fernandes, com uma agenda verde, garantiu que continuará a “virar a página” da política ambiental sem pensar muito na transferência dos votos do partido que o elegeu, o BE, para o PS. “Ninguém é dono dos votos de ninguém”, afirmou, parafraseando Alegre.