Torne-se perito

Utentes com cartões duplicados do SNS serão 1,7 milhões

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Problema será ultrapassado à medida que pessoas pedirem cartão do cidadão, explica secretário de Estado

a Numa altura em que a modernização das tecnologias de informação na saúde está a ser alvo de avaliação e debate, continua por resolver um problema antigo: o das duplicações de cartões de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, admitiu ontem que há ainda "1,7 milhões de potenciais duplicados" e que as listas de utentes dos centros de saúde apenas devem ficar completamente expurgadas no final de 2010.Em declarações ao PÚBLICO a propósito do encontro das tecnologias da informação na saúde que ontem começou em Lisboa, Manuel Pizarro garantiu que o Registo Nacional de Utente (RNU) - que implicou a fusão das bases de dados dos quase quatro centenas de centros de saúde - está "completamente operacional", mas reconheceu que o problema das duplicações persiste. "[Com a limpeza dos ficheiros dos centros de saúde], dos 13 milhões de inscritos passamos para cerca de 10,9 milhões, mas continuamos a ter 1,7 potenciais duplicados. Como este problema não podia ser resolvido sem ser através de um contacto pessoal", as duplicações serão gradualmente eliminadas à medida que as pessoas vão pedindo o cartão do cidadão (que integra o cartão de utente do SNS).
Seja como for, o RNU é apenas uma "pequena parte" do Registo Clínico Electrónico (RCE), um dos temas centrais da conferência. O RCE será um sistema nacional de registo da informação clínica mais relevante de cada cidadão, como diagnósticos, principais eventos, alergias medicamentosas, exames complementares, explicou o secretário de Estado, que em Abril encarregou um grupo de trabalho com três dezenas de especialistas de apresentar uma proposta de estratégia. O relatório com as especificações e recomendações que vão constituir a base de trabalho para a operacionalização do RCE é divulgado hoje e fica em discussão pública. Pizarro acredita que é possível que em 2012 todos os portugueses possam aceder ao seu ao registo clínico electrónico e assegura que isto não implicará um "investimento directo muito superior aos 40 milhões de euros" canalizados em cada ano para as tecnologias de informação.

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