Obama acredita que “alguma coisa aconteceu no Irão”

Respondendo às perguntas dos jornalistas, ontem no final de um encontro com o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, Obama manifestou as suas reservas sobre a reacção das autoridades aos protestos em Teerão. Ao mesmo tempo, Obama também deu conta do seu optimismo com o futuro, assinalando as diferenças no país na sequência do processo eleitoral. “Acredito que alguma coisa aconteceu no Irão. As pessoas querem ver maior abertura, mais debate, mais democracia”, comentou.

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Respondendo às perguntas dos jornalistas, ontem no final de um encontro com o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Lee Myung-bak, Obama manifestou as suas reservas sobre a reacção das autoridades aos protestos em Teerão. Ao mesmo tempo, Obama também deu conta do seu optimismo com o futuro, assinalando as diferenças no país na sequência do processo eleitoral. “Acredito que alguma coisa aconteceu no Irão. As pessoas querem ver maior abertura, mais debate, mais democracia”, comentou.

Sem se desviar da mensagem de prudência e comedimento com que a sua Administração tem comentado a situação no Irão, o Presidente americano praticamente repetiu o que dissera na véspera, à saída de uma reunião com o líder italiano Sílvio Berlusconi, quando quebrou o silêncio. Referindo-se às imagens de violência transmitidas pelas televisões, Obama disse que seria “errado” continuar calado: “O processo democrático, a liberdade de expressão, a possibilidade de as pessoas discordarem pacificamente, são valores universais e têm de ser respeitados”, notou.

Ontem, o Presidente americano saudou a decisão do Ayatollah Ali Khamenei de autorizar uma recontagem dos votos como “uma indicação de que ele entende que o povo iraniano tem dúvidas [sobre a legitimidade dos resultados]”. “Eu e o resto do mundo partilhamos as mesmas preocupações”, observou. Mas preocupado em não inflamar os ânimos nem escolher lados, Obama reafirmou que os Estados Unidos respeitam a soberania do Irão e o direito da sua população de escolher livremente os seus líderes. “Não ajudará ninguém a ideia de que nos estamos a intrometer no assunto”, considerou.