Para o sindicato “ambas as situações mostram, mais uma vez, como a concentração da propriedade de meios de informação não constitui uma garantia de segurança no emprego quando um dos órgãos de informação é atingido por decisões de gestão drásticas”. O comunicado acrescenta, ainda, que “o patronato age como se as empresas não possuíssem outros títulos ou como se os grupos não existissem”.

O Sindicato dos jornalistas espera que, no caso semanário “Tal & Qual”, os jornalistas que não aceitem as propostas de rescisão possam integrar outras redacções. No entanto, considera a situação no “Record” mais complexa, por o grupo económico preparar uma “fusão por incorporação da Edisport, proprietária do jornal, na Canal Negócios”, o que pode abrir caminho a despedimentos de jornalistas.

A existência de listas de “dispensáveis” é igualmente condenada por parte do sindicato que aconselha os directores dos órgãos de informação a não elaborar tais listas, “um fardo injustamente colocados nos seus ombros pelas empresas”, sublinha.