Cavaco Silva participa hoje na inauguração de Banco de Bens Usados

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Isabel Jonet diz que o banco de bens usados era há muito esperado Malte Jaegger/PÚBLICO (arquivo)

O Presidente da República vai estar hoje presente na inauguração do Banco de Bens Doados, iniciativa da Entreajuda, uma Instituição Privada de Solidariedade Social. Roupas, móveis e computadores usados, mas em bom estado, não têm forçosamente que ir para o lixo já que a partir de hoje é possível oferecê-los ao Banco de Bens Doados (BBD), que os distribuirá por instituições sociais.

Localizado num armazém da Quinta do Cabrinha, em Alcântara, Lisboa, o BBD surge na sequência do trabalho desenvolvido pela Entreajuda desde 2004 que encontrou "receptividade das empresas para doarem produtos não alimentares e das instituições para os receberem", explicou à agência Lusa Isabel Jonet, responsável do Banco Alimentar contra a fome e do BBD.

Isabel Jonet e Mariana Saraiva explicaram à Lusa que a ideia do Banco dos Bens Doados surgiu porque muitas empresas estavam disponíveis para doar bens não alimentares, mas o Banco Alimentar contra a Fome não podia distribuí-los, "uma vez que a sua figura jurídica não lhes permitia".

"Evitar o desperdício" é a máxima das duas responsáveis do organismo que só há uma semana começou a receber produtos e já tem várias toneladas de bens para distribuir.

400 instituições na área da Grande Lisboa e 1200 a nível nacional são as que vão acolher os bens recolhidos pelo Banco de Bens Doados, que vão de roupas, a móveis, computadores, material de escritório, detergentes, brinquedos e tudo o que esteja em bom estado e seja bem não alimentar.

De início estes bens serão fornecidos em "complemento" com os alimentares através dos treze bancos alimentares, explicou Mariana Saraiva, explicando que numa fase posterior contam desenvolver campanhas específicas como por exemplo com os brinquedos a distribuir na Páscoa e no Natal.

A instalação do Banco de Bens Doados num bairro problemático como a Quinta do Cabrinha é outro dos motivos pelo qual Isabel Jonet pensa vir a instalar uma oficina de Informática e de Marcenaria para fazer arranjos nos bens doados e para os quais conta recrutar jovens do bairro que recebam o rendimento social de inserção para que possam aprender uma profissão.

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