Onze incêndios activos no distrito de Castelo Branco

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Em alguns locais há aldeias ameaçadas pelas chamas António José/Lusa

Onze incêndios continuam activos esta noite no distrito de Castelo Branco, sendo as situações mais preocupantes as vividas em Vila de Rei, Oleiros e Proença-a-Nova. As chamas continuam também incontroláveis na serra da Penha, distrito de Portalegre.

De acordo com o comandante Rui Esteves, do Centro Distrital de Operações de Socorro, apenas em dois dos onze concelhos de Castelo Branco não se registam fogos.

Os incêndios no concelho de Oleiros e Vila de Rei, activos há vários dias, foram dados como circunscritos ao fim da manhã de hoje, mas as altas temperaturas, a baixa humidade e os ventos fortes contribuíram para vários reacendimentos durante a tarde. De acordo com a SIC Notícias, as chamas ameaçam várias aldeias, algumas das quais estão sem água nem electricidade.

Ao final da tarde, as chamas em Vila de Rei estavam a ser combatidas por 242 bombeiros e cem militares, auxiliados por 107 viaturas, quatro máquinas de rasto, além de meios aéreos. Em Estreito, concelho de Oleiros, permaneciam 328 bombeiros e 286 militares, que contam com o auxílio de 88 veículos de combate.

Outra situação complicada vive-se no concelho de Proença-a-Nova, onde ao fim da tarde os bombeiros lutavam par salvar as pessoas e habitações da aldeia de Fróias.

A SIC dá conta de um outro reacendimento em Silvares, no concelho do Fundão, onde começou o fogo que durante vários lavrou na serra do Açor.

Mais a Sul, no distrito de Portalegre, as chamas continuam incontroláveis na serra da Penha. Em declarações à TSF, o ministro da Administração Interna explicou que uma trovoada seca que ocorreu ao final da tarde na região, com rajadas de vento até cem quilómetros hora e uma humidade em níveis muito baixos, espalhou as chamas que agora ameaçam uma aldeia.

Figueiredo Lopes acrescentou que, no total, 1670 bombeiros estão envolvidos nos combates às mais de duas dezenas de incêndios que lavram nos distritos de Portalegre, Santarém, Guarda, Beja e Castelo Branco, estando a ser apoiados por 420 viaturas. O ministro anunciou ainda que Portugal já pediu o envio de seis aviões de combate a incêndio Canadair, no âmbito do quadro de cooperação europeia em matéria de protecção civil.

Perante a vaga de incêndios, o presidente da República sobrevoou ao princiípio da tarde a zona ardida nos concelhos do Fundão, Castelo Branco e Oleiros. No final, criticou a opção de vigiar a floresta e activar os meios apenas durante o Verão. "Todo o ano é uma batalha pela floresta contra o incêndio e pela prevenção", afirmou.

Segundo o quarto relatório provisório da Direcção Geral de Florestas, até ao passado domingo arderam 26.372 hectares, provocando prejuízos calculados em 27 milhões de euros. Os distritos de Santarém e Castelo Branco são os que apresentam maior área ardida.

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