Prestige: acidente do petroleiro foi há quatro anos

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A maré negra cobriu parte das praias da Galiza EPA (arquivo)

A 13 de Novembro de 2002, o "Prestige" foi apanhado numa tempestade ao largo do Cabo Finisterra e sofreu um rombo de 35 metros no casco.

Seis dias depois do acidente, o petroleiro partiu-se em dois e afundou-se a 270 quilómetros da costa da Galiza, Espanha.

Logo que os primeiros resíduos transportados pelo petroleiro chegaram à costa espanhola, a Força Aérea Portuguesa começou a fazer dois voos diários para verificar os estragos ecológicos e o risco da maré negra chegar a Portugal.

A 1 de Dezembro, duas manchas de fuelóleo foram detectadas a 36 quilómetros da Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal.

Mais de 2600 quilómetros da costa espanhola foram afectados nos meses seguintes pelas mais de 30 mil toneladas de fuelóleo entretanto derramadas pelo "Prestige".

Um relatório da organização ambientalista internacional WWF - World Wildlife Fondation, um ano depois do acidente, quantificou em pelo menos 64 mil toneladas a quantia de fuelóleo libertada para o mar e, dessas, entre cinco a dez mil continuavam à deriva.

Só nos três meses a seguir ao acidente foram recolhidas em Portugal 439 aves marinhas atingidas pela maré negra, das quais 186 ainda vivas, que foram enviadas para tratamento.

A pesca foi também prejudicada pelo desastre ecológico, não só em Espanha mas também em Portugal, uma vez que os consumidores recearam comer peixe poluído.