Viacom acusou YouTube de usar pirataria para promover o site

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Chad Hurley e Steve Chen, fundadores do YouTube Philippe Wojazer/Reuters

Um dos motivos de sucesso do YouTube – para lá de clips de gatos ou cães a andar de skate – foi o facto de disponibilizar vídeos retirados de canais televisivos, quase sempre sem autorização.

Sabe-se agora que a Viacom (um conglomerado de media dono da MTV) acusou em tribunal os responsáveis do site de partilha de vídeos de terem ignorado o facto de haver utilizadores a colocarem vídeos online sem autorização – e de usarem este conteúdo como forma de conseguirem mais visitantes.

O processo judicial entre a Viacom e o YouTube começou em 2007, com a primeira a pedir uma indemnização de mil milhões de dólares. O tribunal ainda não decidiou.

Muitos dos documentos do processo foram agora tornados públicos. E alguns mostram que a Viacom usou e-mails trocados entre os fundadores do YouTube para argumentar que a disponibilização de conteúdo sujeito a direitos de autor foi uma estratégia deliberada para aumentar o tráfego do site e conseguir vender a empresa.

A venda a uma grande empresa de tecnologia foi um “modelo de negócio” frequente dos sites da chamada Web 2.0. O YouTube, fundado no início de 2005, acabou por ser comprado em 2006 pela Google.

Desde então, e já depois de ter conseguido milhões de utilizadores assíduos e arrasado a concorrência, o YouTube tem feito esforços para controlar o material disponibilizado ilegalmente – tanto através da remoção de vídeos, como através de parcerias com os fornecedores de conteúdos.

Os advogados da Google argumentam que as passagens dos e-mails foram retiradas de contexto.

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