Jolla, o telemóvel que surgiu das cinzas da Nokia, chega a Portugal em 2014

Aparelho chega pela mão da SmartTeki9, uma empresa co-fundada pelo ex-presidente dos CTT, Carlos Horta e Costa. Custará 399 euros.

Uma imagem promocional do Jolla
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O Jolla é feito por ex-funcionários da Nokia. Usa um sistema operativo que evoluiu a partir da plataforma MeeGo, que tinha sido desenvolvida internamente pela fabricante finlandesa e que esta preteriu em favor do Windows Phone. O telemóvel chega a Portugal no próximo ano, posto à venda por uma empresa recente chamada SmartTeki9.

O sistema operativo do Jolla (lê-se “ióla”) chama-se Sailfish OS e a utilização assenta quase exclusivamente em toques e gestos no ecrã – o aparelho não tem qualquer botão frontal. A plataforma é também compatível com as aplicações para Android, uma estratégia com o objectivo de contornar a dificuldade que seria atrair programadores e aliciar consumidores sem um grande ecossistema de aplicações, como têm o iOS (da Apple) e o Android (a falta de aplicações foi um dos problemas que levou ao declínio dos BlackBerry). O Jolla também integra os mapas e serviços de geolocalização Here, desenvolvidos pela Nokia, e que são uma das divisões de negócio com que a empresa finlandesa ficará depois de vender a unidade de telemóveis à Microsoft.

O telemóvel tem um ecrã de 4,5 polegadas, com uma resolução de 960 por 540 pixeis, o que o deixa abaixo da resolução dos modelos de topo de gama de outras marcas. Tem uma câmara traseira de oito megapixeis e uma câmara frontal de dois megapixeis. A capacidade de armazenamento é de 16GB e tem uma memória RAM de 1GB. De acordo com a fabricante, a bateria, que pode ser substituída pelo utilizador, tem uma duração entre as nove e as dez horas. Vai custar 399 euros (também abaixo do preço dos topos de gama) e começou na semana passada a chegar às mãos dos primeiros clientes. Por ora, o aparelho será vendido apenas na União Europeia, Noruega e Suíça.

Um das características distintivas do Jolla é a tampa, que pode ser acoplada pelo utilizador à parte principal do aparelho e que interage com o sistema operativo, podendo ser criadas tampas que personalizem e acrescentem funcionalidades e aplicações ao telemóvel.

Tanto o aspecto do aparelho como o sistema têm semelhanças com o Nokia N9, lançado em finais de 2011 com o MeeGo, numa altura em que a marca já tinha assinado um acordo com a Microsoft para o uso do Windows Phone.

A SmarTeki9 planeia abrir as encomendas online no fim deste mês e começar a distribuir o telefone no final do primeiro trimestre do próximo ano. A empresa foi fundada este ano por Carlos Horta e Costa (ex-presidente dos CTT), José Horta e Costa e Pedro Marques, todos com experiência na área das telecomunicações.

“Nesta primeira fase, será para os consumidores que querem a última novidade. Mas a nossa perspectiva é que não se fique pelo nicho”, observa José Horta e Costa, director de vendas e logística, que adianta que serão feitos contactos com operadores e retalhistas para colocar o dispositivo no mercado. Para o responsável, uma das vantagens da plataforma é a possibilidade de usar as aplicações Android, o que poderá aliciar utilizadores deste sistema. “Qualquer consumidor que queira fazer a migração, pode fazê-lo sem qualquer problema”.

O telefone começou a ser comercializado na Finlândia na semana passada, em parceria com um operador local.
 
 

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