O Google não é muito adepto de mudanças visíveis no motor de busca. A página e o logótipo mantêm essencialmente as mesmas cores e a simplicidade da primeira versão, criada há 18 anos (embora a empresa tenha desistido do ponto de exclamação no final). Mas, nos últimos dias, o Google decidiu testar uma nova cor nas páginas de resultados e gerou confusão entre alguns utilizadores.

Alguns utilizadores do motor de busca depararam-se com os links pretos nos resultados de pesquisa em vez do tradicional azul (ou links cinzentos, no caso dos links visitados, que normalmente aparecem a violeta). Houve quem tivesse ido protestar para as redes sociais ou queixar-se nos fóruns de ajuda do próprio Google.

“Google! Os links não clicados a preto são terríveis e não são muito funcionais!”, escreveu um utilizador do Twitter, que acrescentou – tal como fizeram alguns outros – a hashtag #BringBackTheBlue (“tragam de volta o azul”). Num fórum do Google, um outro utilizador queixou-se: “Não sei por que é que de repente a cor dos meus resultados de pesquisa mudou para preto. Doem-me os olhos por causa disto”.

Esta não é a primeira vez que a empresa – tal como fazem muitas outras – recorre a este tipo de testes de cores para perceber aquilo que suscita a reacção pretendida dos utilizadores. Um episódio conhecido passou-se com Marissa Mayer, a antiga executiva do Google e agora presidente do Yahoo. Os pormenores da história, que já foi contada na Internet inúmeras vezes, variam ligeiramente, mas Mayer terá decidido que queria testar pelo menos quarenta variantes de azul numa amostra de utilizadores, com o objectivo de perceber qual a que dava origem a mais cliques.

As cores actualmente usadas na página de resultados do motor de pesquisa – o azul e o violeta no caso das páginas já visitadas – são as cores tradicionalmente na web para os links e ainda são aquelas que os browsers mostram nos casos em que os criadores dos sites não especificaram outras.