Carro sem condutor faz 5400 quilómetros nos EUA

Teste com viatura equipada com tecnologia da empresa Delphi incluiu condução sob várias condições atmosféricas e de trânsito.

Fotogaleria
Delphi
Fotogaleria
Delphi
Fotogaleria
Delphi
Fotogaleria
Delphi
Fotogaleria
Delphi

Durante nove dias, um carro sem condutor com tecnologia criada pela Delphi, fez uma viagem de 5470 quilómetros, entre São Francisco e Nova Iorque, naquela que foi até agora a ligação mais longa feita em território norte-americano por uma viatura sem comando humano ao volante. Durante todo o percurso, o lugar do condutor esteve ocupado por imposições legais, mas a empresa assegura que em 99% da viagem tudo decorreu de forma autónoma.

O carro escolhido para testar a tecnologia da Delphi Automotive PLC foi um Audi SQ5, que no passado dia 22 de Março partiu da zona da Golden Gate Bridge, em São Francisco, com destino a Nova Iorque, passando durante os nove dias em que durou a viagem por 15 cidades.

O objectivo do projecto da empresa norte-americana era demonstrar as capacidades das tecnologias para uma condução de um veículo sem condutor e também reunir dados que pudessem ser utilizados posteriormente para desenvolver formas de condução segura e autónoma – a próxima grande aposta da indústria automóvel.

“Durante a viagem pelo país, o veículo será desafiado a ultrapassar uma variedade de condições provocadas pela mudança do tempo e de terreno a potenciais perigos de condução – coisas que nunca poderiam ser realmente testadas em laboratório”, explicou a empresa no dia do lançamento da experiência.



O carro, a que deram o nome de teste de Roadrunner, teve sempre uma pessoa ao volante devido às imposições legais dos vários estados por onde a viatura passou. Apesar de já serem permitidos testes de viaturas sem condutor na Califórnia, por exemplo, na maioria dos estados norte-americanos ainda não existe legislação para viaturas de condução automatizada, essencialmente devido a razões de segurança.

No Audi testado nesta experiência, a Delphi colocou tecnologia para permitir que a viatura tomasse decisões mais complicadas, como contornar obstáculos, reagir perante a presença de peões ou de ciclistas, ou determinar as margens certas de distância em situações de engarrafamento do trânsito ou em circulação numa auto-estrada.

O carro foi equipado com seis radares de longo alcance e quatro de curto alcance, três câmaras, um sistema de localização e software com sistemas de assistência à condução avançada. Este software permitiu à viatura tomar decisões semelhantes às de um condutor humano, como saber quando entrar ou sair de uma auto-estrada, circular em ruas com mais trânsito ou com passadeiras, ou contornar obstáculos em segurança.

Segundo a Delphi, 99% da viagem foi feita com o carro em modo automatizado. “Com uma performance excepcional, o carro navegou por montanhas, em condições de calor, de congestionamento de trânsito, ultrapassou camiões, passou por estradas em construção, por condutores agressivos”, sublinha a empresa em comunicado. O objectivo da Delphi não é construir carros que possam circular sem condutor mas desenvolver a tecnologia que permite esta opção.

Sugerir correcção
Comentar