Primeira escola portuguesa de Cabo Verde poderá abrir em 2016

Protocolo para cedência de terreno já foi assinado.

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Nuno Crato assinou um protocolo para a cedência de um terreno para a construção de uma escola portuguesa em Cabo Verde Paulo Pimenta

A ideia tem anos e passou por diferentes governos. No caso deste executivo, em 2012, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho já tinha dito, numa visita a Cabo Verde, que aquele país teria “em breve” uma escola portuguesa e que o terreno poderia ser disponibilizado pela autarquia da cidade da Praia nesse mesmo mês de Dezembro. Dois anos depois, é a vez de o ministro da Educação, Nuno Crato, que está na capital cabo-verdiana desde sábado, voltar ao tema, depois de ter participado na assinatura do protocolo para a cedência do terreno. O Ministério da Educação e da Ciência (MEC) espera que a escola esteja a funcionar em 2016.

A informação sobre o protocolo e a previsão de abertura do estabelecimento de ensino foi divulgada nesta terça-feira pelo gabinete de comunicação do MEC. De acordo com o comunicado enviado, “será agora aberto um concurso público internacional” para a construção e criação do estabelecimento de ensino, “que se espera que esteja em funcionamento dentro de dois anos lectivos”.

A escola vai integrar a rede de outros estabelecimentos de ensino público que já existem no estrangeiro, como, entre outros países, Moçambique e Macau. A ideia é reforçar “o ensino do português em Cabo Verde” e disponibilizar “uma opção para os portugueses” que vivem na cidade da Praia, a capital cabo-verdiana.

A escola portuguesa é uma ambição antiga da comunidade portuguesa que vive em Cabo Verde. Apesar de o projecto ter vindo a ser adiado ao longo do tempo e de o ter sido também na altura em que José Sócrates era primeiro-ministro, foi em 2009 que conheceu um novo impulso, quando a então embaixadora de Portugal na Cidade da Praia, Graça Andresen Guimarães, intensificou os contactos com as autoridades locais.

Na reunião que teve com ministros da área da Ciência, Ensino Superior e Educação de Cabo Verde, Brasil, Angola, e São Tomé e Príncipe, o ministro Nuno Crato aproveitou para destacar a criação, em Lisboa, do Centro UNESCO de Formação Avançada em Ciências Fundamentais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O MEC recorda que o centro está a ser construído em conjunto com os restantes países da CPLP, depois de um acordo assinado em Novembro do ano passado com a UNESCO.

Nuno Crato termina nesta terça-feira a visita, iniciada no sábado, a Cabo Verde.

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