Nos transportes públicos, é e não é feriado este Carnaval

Alguns operadores estão a funcionar em regime de fim-de-semana, outros em regime normal reduzido e outros ainda entre ambos.

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Maior impacto negativo virá da CP, da Parpública, da EDIA e da TAP João Gaspar

Se não conseguiu apanhar o seu comboio habitual para ir para o trabalho nesta terça-feira de Carnaval, não foi por acaso. Mesmo não havendo tolerância de ponto, as linhas urbanas da CP estão a funcionar em regime de fim-de-semana. A razão: o acordo de empresa prevê feriado para os seus trabalhadores.

Com ou sem feriado para os seus funcionários, as principais empresas de transportes públicos adaptaram a sua oferta à procura neste dia híbrido. O Governo quer, desde 2012, que todos trabalhem na terça-feira de Carnaval, mas na prática o dia funciona a meio gás, com grande parte das autarquias, todas as escolas, os bancos e muitas outras empresas fechadas.

Tal como a CP, que está a operar com menor frequência de comboios suburbanos, os barcos da Transtejo, na região de Lisboa, também estão a funcionar em regime de fim-de-semana.

Já no Metro de Lisboa, é feriado para os seus trabalhadores e a frequência entre as composições também é a dos fins-de-semana. Mas estão a circular com seis carruagens em vez das três habituais nos sábados, domingos e feriados, nas linhas Amarela, Azul e Vermelha, segundo Filipa Melo, secretária-geral da empresa. Na linha Verde, mantêm-se as três carruagens habituais.

A Carris está a funcionar também com menos oferta do que num dia normal, mas reforçou com quatro carreiras o que seria o serviço habitual de um sábado. Luís Vale, secretário-geral da Carris, explica que não seria razoável manter o serviço num regime normal, num dia em que se sabe que a procura seria menor. “Estaríamos a desperdiçar oferta”, afirma. Além disso, os motoristas normalmente comunicam com a central de operações quando há qualquer tipo de problemas, como esperas longas ou muitos passageiros para poucos veículos. “Não é o caso hoje”, diz Luís Vale.

Enquanto alguns aumentaram a oferta dos fins-de-semana, outros reduziram a de dias normais. A Fertagus manteve a frequência diária dos seus comboios, mas reduziu o número de carruagens. O Metro do Porto fez o mesmo e está a circular com composições simples (216 passageiros) em vez de duplas.

Já a STCP está a adaptar o número de autocarros à procura neste dia de Carnaval. “Em função da procura, faz-se uma adequação da oferta”, diz o porta-voz da empresa, Jorge Morgado. “O normal é não haver uma quebra tão acentuada”, completa.

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