Morgado reconduzida por mais três anos à frente do DIAP de Lisboa

Cândida Almeida colocada no Supremo Tribunal.

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Maria José Morgado considerou não haver "nenhuma omissão" do MP no caso dos incidentes de 24 de Novembro Enric Vives-Rubio

A procuradora Maria José Morgado foi reconduzida por mais três anos à frente do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, o maior do país. A proposta da procuradora-geral da República (PGR), Joana Marques Vidal, foi votada nesta terça-feira, no Conselho Superior do Ministério Público, por voto secreto, com 14 votos a favor, dois contra e uma abstenção.

Na reunião desta terça-feira, foi ainda votada a proposta de Joana Marques Vidal para colocar a ex-directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida, no lugar de procuradora-geral adjunta no Supremo Tribunal de Justiça. “A proposta obteve unanimidade”, lê-se no comunicado da Procuradoria-Geral da República, divulgado ao fim da tarde.

Esta colocação ocorre depois de a PGR ter optado por substituir Cândida Almeida na liderança do mais importante departamento de investigação do Ministério Público, onde a magistratada esteve 12 anos.

No discurso de tomada de posse de Amadeu Guerra, sucessor de Cândida Almeida no DCIAP, Joana Marques Vidal já tinha deixado claro que a magistrada não se iria reformar: “Sei que o Ministério Público continuará a contar consigo, agora no exercício de outras funções igualmente relevantes”.

Desde Março de 2001 que Cândida Almeida dirigia o DCIAP. Por aqui passam ou passaram alguns dos processos mais mediáticos do país, como o Freeport, a Operação Furacão, o caso Monte Branco, o Portucale e os inquéritos ao negócio dos submarinos. 

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