Mais de três mil manifestações em Portugal no ano passado

Dados do Relatório de Segurança Interna. Documento destaca “intervenção radical de grupos de matriz anarco-libertária em manifestações anti-austeridade”.

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Polícias em frente ao Parlamento, em Outubro de 2012 Miguel Manso

Mais de 3.000 manifestações realizaram-se no ano passado, em Portugal, envolvendo 16.672 elementos policiais, para regularização do trânsito, prevenção geral e manutenção da ordem pública, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012.

O RASI, entregue nesta quinta-feira na Assembleia da República, refere que, durante o ano de 2012, as forças de segurança efectuaram 3012 operações policiais de “maior relevo, visando assegurar o regular exercício de direito de reunião e manifestação.

Das 3012 manifestações, o relatório destaca as 2.813 acções desencadeadas pela Polícia de Segurança Pública (PSP), que envolveram de 15.096 elementos policiais.

No capítulo “análise das principais ameaças à segurança interna”, o RASI refere que, no âmbito dos extremismos, o ano de 2012 foi marcado, acima de tudo, pela “intervenção radical de grupos de matriz anarco-libertária em manifestações anti-austeridade”, tanto nas convocadas por novos movimentos sociais de "indignados", como pelas estruturas sindicais.

De acordo com o documento, “esses grupos continuaram a não revelar capacidade para conduzir, por si mesmos, acções subversivas relevantes, pelo que a infiltração das grandes manifestações de massas se afigurou a melhor estratégia para desencadear acções de violência contra o sistema”.

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