Incêndios no Gerês e junto ao rio Douro acabaram por ser dominados

A Autoridade Nacional de Protecção Civil contabilizou até ao final da tarde de sexta 51 ocorrências, um número bastante abaixo do registado na véspera.

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Fogo no Gerês deflagrou às 0h16 desta sexta-feira. Nelson Garrido

O único incêndio de alguma dimensão que continuava activo ao final da tarde de sexta-feira, em Concela, no concelho de Cinfães, junto ao rio Douro, acabou por ser dado como “dominado”. Mas o dispositivo de 36 bombeiros estava no terreno a pé, uma vez que a zona em causa era de difícil acesso e não permitia a deslocação em viatura. Durante todo o dia houve 51 fogos, um número bastante inferior ao de quinta-feira, um dia com temperaturas altas em que houve 145 fogos, o maior número pelo menos desde 15 de Março.

O fogo de Concela começou por volta das 10h00 em duas frentes mas ao final do dia a única frente activa estava localizada numa zona de vale, colada ao rio Douro, o que facilitou o trabalho da equipa no terreno. A zona era de difícil acesso e os bombeiros em causa, das corporações de Cinfães, Nespereira e Castelo de Paiva, circulavam a pé, uma vez que a zona é de mato denso e não permitia a deslocação em viatura, informou ao PÚBLICO fonte da corporação de bombeiros de Cinfães.

De manhã tinha sido considerado “significativo” um outro incêndio que deflagrou no único parque nacional do país, da Peneda Gerês, mas foi dado como dominado ainda na parte da manhã, informou o segundo Comandante Operacional Distrital de Viana do Castelo, Robalo Simões.

Durante a noite, o incêndio em mato esteve a ser combatido por dez operacionais apoiados por duas viaturas. Ao início da manhã houve um reforço dos meios de combate, estando no local 38 elementos, entre bombeiros, militares da GNR e sapadores florestais.

O incêndio estava a ser combatido com ferramentas manuais, já que as oito viaturas de apoio estavam a quatro quilómetros do local do fogo devido à falta de acessos. “Não podemos utilizar água porque os veículos com os tanques estão a vários quilómetros dos incêndios”, explicou Robalo Simões. O comandante acrescentou que os acessos ao local eram difíceis, tendo os combatentes de se deslocar a pé por um caminho de cabras.

 

   


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