Gripe das aves: consumo de carne não põe consumidores em risco

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Portugal, a par com a Irlanda, é o país europeu com o mais elevado consumo per capita de carne de frango Paulo Cunha/Lusa

A Agência Portuguesa de Segurança Alimentar (APSA) esclareceu hoje que os consumidores de aves não correm risco de contaminação com o vírus da gripe aviária, mas prometeu avaliar implicações na saúde animal e na cadeia alimentar.

Em comunicado, a APSA afirmou que "não existe até hoje qualquer evidência científica que sugira que este vírus se possa transmitir através da via alimentar, por ingestão de alimentos cozinhados".

"O vírus H5N1 não resiste a temperaturas superiores a 70º C, pelo que a transmissão por ingestão de alimentos cozinhados acima desta temperatura é improvável", adiantou este organismo.

A gripe das aves é uma doença de origem animal provocada por um subtipo de vírus da "influenza" (H5N1), tendo sido desta forma baptizado por ter sido inicialmente registado apenas em espécies de aves, como galinhas. Também os patos e gansos são afectados, sendo os principais reservatórios do vírus H5N1.

Os profissionais da indústria alimentar identificam Portugal como o país da Europa, a par da Irlanda, com o mais elevado consumo per capita de carne de frango - 24 quilos por ano de carne de frango, cinco quilos de carne de peru e um quilo de outras aves.

Na sua publicação electrónica (http://www.portalimentar.com/), os profissionais da indústria alimentar referem que os portugueses consomem quatro milhões de frango por semana.

Em Portugal, o sector da carne de aves representa um valor anual global da ordem dos 650 milhões de euros.

Perante as recentes notícias sobre a gripe das aves, os portugueses não têm alterado este hábito alimentar, uma vez que o mercado das aves ainda não registou qualquer alteração, segundo disse à Lusa o director da Associação Portuguesa de Empresas de Grande Distribuição.

José António Rousseau frisou que, segundo as informações da DGV, não existe razão para preocupações.

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