Governo e professores voltam a negociar prova de acesso à carreira

Esta segunda-feira, tutela e docentes sentam-se à mesma mesa.

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Tal como acontece no continente também os professores da Madeira terão horário de 35 horas nelson garrido

O Ministério da Educação e Ciência (MEC) e os sindicatos dos professores voltam nesta segunda-feira a sentar-se à mesa para mais uma ronda negocial sobre a prova de acesso à carreira, criticada pelos docentes, sobretudo os que têm vínculo mais precário.

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE), as duas estruturas mais representativas, são recebidas durante a manhã, entre as 09h00 e as 13h00, apesar de ambas defenderem que esta negociação devia ser adiada para Setembro, uma vez que este mês é o período de férias dos professores, não sendo possível ouvi-los sobre as matérias em discussão.

O Governo pretende continuar a negociar com os sindicatos uma proposta que prevê que os professores não integrados na carreira docente terão de obter 14 valores em provas de avaliação para poderem leccionar.

Num comunicado divulgado a 23 de Julho, o MEC informou ter enviado às organizações sindicais três diplomas que se destinam a "implementar a prova de avaliação de conhecimentos dos candidatos aos concursos de selecção e recrutamento prevista desde 2007 na legislação em vigor, a adaptar o estatuto da carreira docente a essa implementação" e a regulamentar a formação contínua de professores.

O que diz respeito à prova de acesso à carreira é que tem gerado mais polémica, sobretudo entre os professores contratados, que são os principais visados, que já disseram, pela voz do presidente de uma associação nacional que os representa, que acreditam que o modelo de uma prova de acesso ao sistema de ensino “vai cair por si próprio”, por ser “tão gritante” a sua insuficiência para cumprir o objectivo de avaliar a qualidade dos docentes.

A Fenprof acusou o MEC de ser “hipócrita e cobarde” ao querer instituir uma prova de acesso à carreira, preferindo atacar os professores em vez dos "lobbies" instalados nas universidades, com cursos dos quais desconfia. Também a FNE já se manifestou contra a proposta, considerando que “põe em causa” a formação inicial.

Por seu lado, o Governo, no final da primeira ronda negocial dedicada ao tema, que decorreu na passada semana, já disse, pela voz do secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, que está convencido de que os professores têm condições para ficarem aprovados na prova de acesso à carreira docente, contestada pelos sindicatos do sector.

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