Exportação de medicamentos facilitada após Peru reconhecer alta vigilância de Portugal

Pires de Lima avançou que "é já um dado adquirido que Portugal vai pertencer à lista de países que o Peru considera como de alta vigilância do ponto de vista de produtos de saúde".

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Pires de Lima está numa visita ao país e segue para Bogotá no domingo Rui Gaudêncio

O ministro da Economia adiantou que é "já um dado adquirido" que Portugal vai pertencer à lisa de países que o Peru considera de alta vigilância do ponto de vista de produtos de saúde.

António Pires de Lima falava à Lusa em Lima, no final do dia de quinta-feira, após reuniões com os ministros do Transportes e Comunicações, Educação e Economia e Finanças do Peru e a visita à Pharbal, farmacêutica do grupo AtralCipan. "Foi um dia no qual se mostrou a importância daquilo a que nós chamamos a diplomacia económica. É mais fácil construir relações comerciais e de investimento com países onde construímos uma relação política", afirmou o ministro, recordando que nos últimos anos o Peru foi visitado pelo Presidente da República, pelo primeiro-ministro e pelo vice-primeiro-ministro.

Com uma "agenda intensa" no primeiro dia da visita, Pires de Lima disse ter saído das reuniões com membros governamentais peruanos "com a expectativa de que alguns dos temas importantes para as empresas portuguesas" que investem ou exportam para o Peru avançaram de forma positiva. "As empresas portuguesas que estão a fazer actividades comerciais ou de investimento no Peru podem ter hoje sinais importantes de melhoria das condições para poderem exportar e fazer esses investimentos no Peru", adiantou.

Segundo Pires de Lima, "é já um dado adquirido que Portugal vai pertencer à lista de países que o Peru considera como de alta vigilância do ponto de vista de produtos de saúde, o que significa que o processo de exportação de produtos farmacêuticos de Portugal para o Peru vai ser notavelmente agilizado, em vez dos 18 ou 24 meses que actualmente as empresas farmacêuticas portuguesas tardam em certificar um produto para poderem exportar para o Peru", disse.

Assim, passam a "ser precisos apenas três meses, o que vai melhorar muito a capacidade de exportação desta indústria". Actualmente, o sector farmacêutico português exporta para todo o mundo cerca de mil milhões de euros.

Outro dos pontos abordados nestes encontros foi a certificação de produtos agro-alimentares. "Foi assumido um compromisso por parte das autoridades peruanas, nomeadamente pelo ministro da Economia e das Finanças, de agilizar o processo de certificações de produtos agro-alimentares portugueses para que seja mais fácil exportar", acrescentou.

Entre esses produtos estão a carne, peixe ou leite, que têm feito parte da agenda das exportações portuguesas. "E finalmente, creio que foram esclarecidas algumas questões que ainda prendiam o acordo aéreo entre Portugal e o Peru" para que "o fluxo de transporte aéreo possa ser mais facilitado num prazo muito curto". Em jeito de resumo, Pires de Lima disse que "é muito importante que agenda política continue a movimentar-se no sentido de facilitar a vida às empresas portuguesas que querem fazer do Peru uma actividade central, seja na agenda das exportações ou do investimento".

Pires de Lima, que integra na sua comitiva o secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, Pedro Gonçalves, e o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, estará em Lima até domingo, partindo posteriormente para Bogotá.

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