Aguiar-Branco destaca aumento da operacionalidade das Forças Armadas

Ministro da Defesa garante ter aumentado número de horas de voo e de navegação dos meios militares.

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Aguiar-Branco aproveitou viagem para “alinhavar pontos de cooperação nesta nova fase da Líbia” Filipe Arruda/arquivo

O ministro da Defesa rejeitou esta quarta-feira as acusações de protagonizar um "tsunami legislativo" e destacou a maior capacidade operacional das Forças Armadas (FA), na sua última audição da legislatura na Comissão Parlamentar de Defesa Nacional.

"No plano interno, não há tsunami legislativo algum. É a lógica de uma revisão coerente, integral, que teve desenvolvimento ao longo do tempo, de forma organizada e sistemática. Faz um bocado de ciúme ao PS que se tenha feito esta revisão de diplomas e de todo o edifício legal, que já deviam ter sido revistos", respondeu Aguiar-Branco ao deputado socialista Marcos Perestrello, o qual tinha acusado o Governo de ter falhado a "reforma estrutural de fundo" sem qualquer "melhoria operacional das FA".

Segundo o responsável governamental, todos os diplomas mereceram parecer positivo por parte das chefias dos três ramos militares e "a distribuição em percentagem do esforço orçamental - entre pessoal, capacidade de operação e investimento - é, neste momento, de 67%, 21% e 12%, respectivamente, quando, com o anterior Governo, era de 70%, 17% e 13%".

"Gasta-se mais hoje com operação do que em 2010, em horas de voo e de navegação. Os navios da Marinha percorreram 253.451 milhas, algo como 11 voltas ao mundo, num total de 1.349 dias de navegação. A Força Aérea atingiu 96% dos objectivos estabelecidos", exemplificou Aguiar-Branco.<_o3a_p>

Por seu turno, o comunista António Filipe acusou o ministro de se encontrar "ideologicamente mais perto do senhor Putin" do que o próprio, por defender "uma retórica de Guerra Fria que já não faz sentido" e questionou se seria do "interesse da Europa acentuar a tensão a Leste", com "sanções e retaliações" em vez de negociação e diálogo políticos. Isto depois de Aguiar-Branco ter falado de "um ambiente securitário no quadro europeu, com novos importantes e complexos desafios" que devem merecer atenção por parte da União Europeia e da NATO.

"Se eu tivesse alguma aproximação a Putin, podia reagir intempestivamente e dizer que o PCP e a Coreia do Norte andam sempre de mão beijada", retorquiu, com humor, o ministro da Defesa, aproveitando ainda para esclarecer que o recurso a militares para fazer vigilância nas escolas terá uma "lógica de concurso e de voluntariado, além de se ouvir as respectivas chefias" e "ninguém vai exigir que pessoas na reserva exerçam estas actividades".<_o3a_p>

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