Seguro diz que empresas cotadas perderam "2,6 mil milhões de euros" num só dia

Líder do PS foi recebido em Belém e defendeu eleições legislativas e autárquicas no mesmo dia.

António José Seguro acusou nesta quarta-feira o Governo de ter provocado prejuízos de 2,6 mil milhões de euros às empresas portuguesas cotadas em bolsa, devido às consequências dos desentendimentos entre Passos Coelho e Paulo Portas nas bolsas e nos mercados financeiros.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, voltou a considerar “irresponsável” a atitude do primeiro-ministro e do Governo, que acusou de estarem a deitar fora "os pesados sacrifícios dos portugueses"..

Seguro falava à saída de uma audiência em Belém com o Presidente da República que considerou “extremamente positiva”.

“Reprovo como todos os portugueses a atitude profundamente irresponsável do primeiro-ministro e do Governo”, disse o líder socialista

“Só num dia as empresas portuguesas cotadas em bolsa perderam 2,6 mil milhões de euros e os juros voltaram a subir. É urgente parar com esta irresponsabilidade e pôr um fim a esta crise política”, considerou, acrescentando que "o país merece ter um governo forte, coeso e coerente, que recupere a credibilidade externa perdida".

O líder socialista defendeu a realização de eleições legislativas em simultâneo com as autárquicas, a 29 de Setembro. “O país teria a ganhar com dois actos eleitorais no mesmo dia”, disse.

Seguro disse ainda ter mantido contactos com o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, mas não especificou nada sobre o teor desses contactos.

A audiência com Cavaco Silva, que durou mais de uma hora, fora pedida pelo líder da oposição, na sequência da demissão do ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, na segunda-feira.
 

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