PPE diz que a “coligação de esquerda não é uma alternativa responsável”

O presidente do Partido Popular Europeu reagiu à moção de rejeição ao Governo, afirmando que “a acção de hoje contra o vencedor das eleições põe em risco todos os esforços feitos pelos portugueses nos últimos anos”.

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O presidente do Partido Popular Europeu (PPE), Joseph Daul, lamentou esta terça-feira uma “moção sem precedentes contra o vencedor das eleições portuguesas” e considerou que a coligação de esquerda, “que inclui partidos anti-EU, anti-euro e anti-NATO”, “não é uma alternativa responsável”.

Numa nota de imprensa vinda de Bruxelas, o político francês recordou a “difícil situação” de Passos Coelho quando “herdou uma gestão desastrosa do anterior governo socialista”: “O governo formado pelo PSD e CDS, partidos-membro do PPE, liderou Portugal para fora de uma das mais severas crises económicas em décadas. Isto foi reconhecido pelos portugueses nestas eleições.”

Para Daul, “a acção de hoje contra o vencedor das eleições põe em risco todos os esforços feitos pelos portugueses nos últimos anos”. O PPE não vê um “programa de crescimento económico sustentável” na esquerda, que colocou uma “agenda política mesquinha acima dos interesses dos portugueses”.

As declarações de Joseph Daul, muito duras para com o PS, BE e PCP, abordam ainda “miragens”, “promessas falsas” e “alianças partidárias com objectivos tão contraditórios que levantavam preocupações”. O recado do PPE acaba com um pedido ao futuro Governo – que não deite fora “todos os esforços feitos pelos cidadãos” e que continue a “perseguir reformas”, até porque é a “estabilidade do país que está em risco”.

O PPE é actualmente o maior partido de centro-direita a nível europeu, com 75 partidos-membro de 40 países diferentes. Tanto o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, como o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pertencem a partidos-membro do PPE. Notícia editada por Leonete Botelho

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