PCP acusa Governo de não estar preocupado com os alunos

Jerónimo de Sousa considera que o Executivo “não respeita os professores nem a comunidade da educação”.

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Os professores “estão seriamente ameaçados nos seus direitos”, diz Jerónimo de Sousa Enric Vive-Rubio

O secretário-geral do PCP acusou neste domingo o Governo de não estar preocupado com os estudantes, mas apenas em vencer o braço-de-ferro com os professores, com os quais considera estar a fazer uma “chantagem inaceitável”.

“Este braço-de-ferro que o Governo está a fazer deita por terra aquele argumento ‘coitadinhas das crianças’, porque, se está preocupado com as crianças, em primeiro lugar devia olhar para aquilo que está a fazer aos pais, com o desemprego existente, com o aumento das propinas, dos transportes, e as dificuldades que as famílias hoje têm para sustentar os seus filhos na educação”, afirmou Jerónimo de Sousa em Santarém, durante uma visita à Feira da Agricultura.<_o3a_p>

O líder do PCP reagia às declarações do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, que no sábado disse que o Governo chegou a sugerir uma nova data para os exames nacionais de segunda-feira, dia em que os professores agendaram uma greve, mas a falta de compromisso por parte dos sindicatos inviabilizou essa solução.<_o3a_p>

“Isso é uma mistificação”, considerou Jerónimo de Sousa, recordando que “a comissão arbitral apontou uma saída respeitando o direito à greve dos professores no dia 17, considerando a data de 20 como uma saída para a realização dos exames e o Governo não quis saber”.<_o3a_p>

Jerónimo de Sousa comentou ainda a polémica que opõe o ministro ao presidente da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que negou que o Governo tenha sugerido uma nova data para a realização dos exames. “É a palavra de um contra o outro e acho que o presidente da Fenprof tem razão quando exige essa gravação, demonstrando que o Governo está a mentir”, sublinhou.<_o3a_p>

Para Jerónimo de Sousa, “o Governo quer apenas confrontar e vencer uma prova de força com os professores que neste momento estão seriamente ameaçados nos seus direitos”, considerando “inaceitável” a “teimosia” e a e “chantagem” do executivo que “não respeita os professores nem a comunidade da educação”.
 
 

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