Passos e Portas sinalizam acordo, falta saber se será em listas conjuntas

Líder do PSD diz que os partidos da maioria têm de decidir se fazem coligação antes ou depois das legislativas. Portas diz que chegou o tempo de "falar sobre questões partidárias".

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Passos Coelho miguel manso

No dia em que foi conhecida uma sondagem que aponta para uma subida das intenções de voto na coligação PSD/CDS, os líderes dos dois partidos deram sinais de que vão renovar a aliança. Mas sem promessas de que seja em listas conjuntas.

Em Lisboa, Passos Coelho disse querer garantir estabilidade no próximo Governo com o seu actual parceiro de coligação, admitindo que isso pode ser assegurado antes ou depois das legislativas.

Desde Braga, o líder do CDS sinalizou que os dois partidos chegaram já a um “entendimento sobre estas políticas” – referindo-se aos planos para o período 2015-2019 – e que agora “é tempo de falar sobre questões partidárias”.

“A nossa obrigação é criar condições para governar em conjunto a seguir às eleições”, afirmou Passos Coelho, à margem de uma conferência realizada pelo Jornal de Negócios. “O que os partidos [PSD e CDS] terão de decidir é se concorrem coligados às eleições ou se se coligam no dia a seguir às eleições”, frisou.

Depois de classificar a experiência do governo de coligação com o CDS como “positiva”, apesar de algumas dificuldades, Passos disse que “muito antes do Verão” tudo será esclarecido. Um horizonte temporal indefinido já que o Verão começa a 21 de Junho.

Tal como no Conselho Nacional, Passos voltou a afastar a ideia de um bloco central: “O que tenho dito é que, se ficarmos à espera do apoio do PS para completar este arco, creio que temos muitas dificuldades em pensar num governo estável”, disse, depois de há dois meses ter admitido a possibilidade de um bloco central.

 

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