Passos Coelho anuncia défice de 2,7% para 2015

Primeiro-ministro diz que será “a primeira vez, em 15 anos, que Portugal terá um défice abaixo dos 3%”.

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Nuno Ferreira Santos

O primeiro-ministro anunciou esta terça-feira que o défice público em 2015 deverá situar-se nos 2,7%, sublinhando que o valor permite a Portugal sair de uma situação de défice excessivo, abaixo da fasquia dos 3%.

"Ao longo destes três anos, apesar da recessão, conseguimos baixar para 4% o défice e, no próximo ano, iremos reduzir a nossa estimativa para 2,7%", afirmou Pedro Passos Coelho, à margem de uma visita ao concelho de Oleiros.

Na véspera da entrega do Orçamento do Estado no Parlamento, o chefe de Governo aproveitou para sublinhar que esta será “a primeira vez, em 15 anos, que Portugal terá um défice abaixo dos 3%”.

Passos Coelho começou por frisar que quando o Governo tomou posse, em 2011, o valor do défice público estava nos 10%, assim como no ano anterior. O anúncio do primeiro-ministro significa assim que o défice orçamental para o ano que vem ficará acima da meta acordada com Bruxelas de 2,5%.

 

Mais tarde, questionado sobre um eventual aumento da carga fiscal para cumprir a meta do défice, Passos respondeu que "nesta altura, não seria senão contraproducente estar a aumentar impostos para, em vez de termos um défice de 2,7%, termos 2,5%".

"Se nós estivéssemos longe de atingir os objetivos a que nos propusemos, teríamos de ponderar outro tipo de medidas. Nesta altura, com o conjunto de medidas que estão apontadas, fazer finca-pé nos 2,5% significaria um certo fanatismo orçamental", acrescentou.

Esta terça-feira, a Comissão Europeia alertou num relatório de avaliação à aplicação do programa da troika que o Governo português teria de tomar medidas adicionais num valor próximo de 500 milhões de euros em 2015, se quisesse atingir a meta do défice público de 2,5% do PIB. De acordo com as contas de Bruxelas, das medidas inicialmente previstas equivalentes a 0,8% do PIB, resta neste momento um valor de 0,5%. Estes 0,3 pontos adicionais, a não serem compensados com medidas adicionais, levariam o défice para 2,8%. 
 

 

 
 

 

 

   





 

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