Inquérito não pode servir para “fingir que o Parlamento está atento às questões do país”

Miguel Tiago, deputado do PCP, fez, enquanto proponente da comissão parlamentar de inquérito ao BES/GES, uma declaração em que alerta para o risco de “frustração de expectativas”.

Foto
Miguel Tiago, deputado do PCP Enric Vives-Rubio

Menos de um mês após o fim, conturbado, da comissão de inquérito às aquisições militares – a célebre “comissão dos submarinos” –, o PCP quer prevenir “limitações e bloqueios” por parte da maioria, no decurso dos trabalhos desta nova comissão, que se reuniu pela primeira vez nesta quarta-feira.

“É necessário que sejam criadas as condições de acesso à informação, obtenção de documentos, agendamento e funcionamento de audições sem quaisquer espécie de entraves à descoberta da verdade e ao cumprimento dos objectivos da comissão de inquérito”, afirmou Miguel Tiago.

Até porque, frisou o deputado, o resultado destas comissões foi, no passado, “factor de frustração de expectativas criadas”, quer pelos cidadãos, quer pelos próprios proponentes. E esta, ao Grupo Espírito Santo, evidencia, para o deputado, evidentes "ramificações políticas".

Todos os requerimentos dos partidos, quanto a audições e pedidos de documentação foram aprovados por unanimidade. A primeira audição terá lugar no dia 17. Os primeiros nomes que vão ser ouvidos pelos deputados serão os reguladores: Banco de Portugal, CMVM, Instituto de Seguros de Portugal, bem como os três últimos ministros das Finanças – Maria Luís Albuquerque, Vítor Gaspar e Teixeira dos Santos.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários