CDS diz que é "positivo" não avançar com a taxa sobre pensões

João Almeida reagiu com base nas declarações de Carlos Silva, que entretanto esclareceu que primeiro-ministro apenas se disponibilizou para substituir a medida por outra de igual alcance.

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João Almeida Pedro Cunha/Arquivo

O porta-voz do CDS João Almeida considerou positivo que a nova taxa sobre os reformados “não vá para a frente”. As declarações do dirigente centrista baseiam-se apenas nas afirmações do líder da UGT, Carlos Silva, que na manhã desta terça-feira revelou que o primeiro-ministro admitiu que terá deixado cair a contribuição sobre os reformados mas à tarde recuou.

“Está em discussão com a troika, é positivo que se comece a construir soluções para que não vá para a frente a medida que tinha impacto relevante nos reformados e que poderia levantar problemas de constitucionalidade”, afirmou João Almeida aos jornalistas no Parlamento.

Segundo o vice-presidente da bancada do CDS, a carta que o primeiro-ministro enviou à troika na passada sexta-feira “já tem essa solução” alternativa ao apresentar medidas com uma folga superior ao fixado. “Cabe à troika analisar”, disse, defendendo que “o CDS sempre sustentou haver margem para cortar nos consumos intermédios”. 

Questionado sobre se a nova taxa a aplicar aos pensionistas estava no rol de medidas impostas pela troika, João Almeida disse apenas ver a proposta como um dos pontos para os quais se tem de encontrar alternativas, já que esta solução era “muito penalizadora”.

João Almeida saudou ainda como “muito importante” “o espírito de diálogo” que o líder da UGT demonstrou depois do encontro desta manhã com o primeiro-ministro. “É normal que haja divergências [entre o Governo e a UGT], mas que haja abertura para construir soluções”, afirmou o dirigente centrista. 

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