Costa já vê um “levantamento” no país

Líder do PS avisou que coligação pode fazer pior do que fez nos últimos anos. Acenou com nova baixa de salários e “fúria privatizadora”.

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O comício do PS Lisboa entusiasmou esta terça-feira o secretário-geral do PS a ponto de falar já num levantamento para derrotar o actual Governo. António Costa discursava na FIL, onde acorreram cerca de três mil apoiantes para ouvir o líder, além do histórico Manuel Alegre e do “democrata-cristão” Basílio Horta.

Justificando a convicção naquilo que tem “estado a encontrar todos os dias nas ruas”, o líder socialista assumiu a confiança na vitória: “É este levantamento que se está a verificar em todo o país, um levantamento em nome do futuro."

Um ascendente que, defendeu, estava também relacionado na forma como o PS preparara a disputa eleitoral. Recordou o programa e o cenário macro-económico e lembrou que sempre combater politicamente dessa forma, permitindo-lhe vitórias na câmara de Lisboa com vitórias “sempre maiores que as anteriores”. “Se calhar teria sido mais fácil fazer como eles fazem [coligação PSD/CDS-PP], não propondo nada para o futuro, nada de contas a apresentar - e tudo passava de mansinho. Há outros que gostam mais de outro estilo, mas eu gosto desta minha maneira de fazer política”, defendeu.

Na FIL, juntaram-se cerca de três mil pessoas para escutar Costa. Além dos 800 lugares sentados, os apoiantes encheram os espaços vazios e forçaram até a organização a aumentar o espaço previsto para o comício. Quando os discursos já tinham começado, uma das altas cortinas negras foi afastada para o lado para que a assistência pudesse ocupar o espaço por trás da ilha de som e imagem.

Apesar da defesa do seu programa e da sua campanha “de propostas”, Costa não deixou de atacar o Governo. Devolveu o discurso do medo ao Governo ao sustentar que mais quatro anos de coligação poderiam ser piores do que os que terminavam. “Mais do mesmo seria sempre pior do que aquilo que já foi”, alertou. Denunciou os planos para “baixar ainda mais os custos do trabalho” e avisou sobre a continuação da “fúria privatizadora” que agora estaria prestes a focar-se na “privatização das receitas da Segurança Social” e já tinha também “encontro marcado com o Serviço Nacional de Saúde e com a escola pública”.

Por seu turno, o autarca Basílio Horta atacou e contra-atacou o Governo, reagindo às acusações da coligação de que o PS se estava a preparar para coligar com a “extrema- esquerda. "Era o que faltava que o PS só pudesse olhar para um dos lados. O Governo é que não pode olhar para lado nenhum, porque, com a proposta que têm, é difícil o diálogo connosco e à sua direita não têm mais nada, já que chegaram ao extremo do leque. Mas esse não é o nosso problema", disse.

Manuel Alegre foi ainda mais abrangente. Atacou o Governo, o PCP e BE e por aí fora. “Estamos a lutar contra poderosíssimos interesses económicos, financeiros e mediáticos que estão por detrás deles. O PS não tem bancos, não tem jornais, não tem sondagens”, declamou para gaudio da assistência.

Lisboa cumpre a função “megafone” da campanha socialista

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