Em clima de festa, Obama e Merkel assumem-se como "aliados inseparáveis"

A posição face à Rússia no que toca à Ucrânia também une os dois líderes.

Fotogaleria
ROBERT MICHAEL/AFP
Fotogaleria
Fotogaleria
MATTHIAS SCHRADER/AFP
Fotogaleria
LUKAS BARTH/REUTERS
Fotogaleria
MANDEL NGAN/AFP
Fotogaleria
KEVIN LAMARQUE/REUTERS
Fotogaleria
CHRISTOF STACHE/AFP
Fotogaleria
ROBERT MICHAEL/AFP
Fotogaleria
MARC MÜLLER/AFP
Fotogaleria
MARC MÜLLER/AFP
Fotogaleria
ROBERT MICHAEL/AFP
Fotogaleria
DANIEL KARMANN/AFP
Fotogaleria
ROBERT MICHAEL/AFP
Fotogaleria
ROBERT MICHAEL/AFP

A recepção foi calorosa e com direito a um mergulho no universo de postal da Baviera. A população local vestida a rigor com os trajes tradicionais da região deu as boas-vindas ao Presidente dos Estados Unidos. As mesas corridas repletas de pretzels e cervejas, rodeadas pelo cenário dos Alpes bávaros, lançaram o mote para um discurso de união entre Estados Unidos e Alemanha ainda antes da reunião do G7.

"É maravilhoso estar de regresso à Alemanha para a minha quarta visita como Presidente", disse Barack Obama, referindo-se por várias vezes a "Angela", que encara como uma "companheira e amiga".

"Gruess Gott!" (Bom dia!), começou Obama. Num breve discurso que recordou a ligação entre Estados Unidos e Alemanha, o presidente norte-americano começou por salientar o progresso da Alemanha. "A minha mensagem para o povo alemão é simples: estamos gratos pela vossa amizade, pela vossa liderança", afirmou. "Permanecemos como aliados inseparáveis na Europa e no mundo".

Para o governante, a queda do Muro de Berlim, há 25 anos, "inspirou o mundo". "O facto de estarmos aqui todos é a prova de que os conflitos podem acabar e que o progresso é possível. Obama regressou ainda no seu discurso à sua cidade natal, Chicago, para garantir que esta não seria a mesma sem a influência dos emigrantes alemães. 

A chanceler alemã, por seu lado, foi mais contida no tom das declarações. "Os Estados Unidos são nossos amigos e parceiros essenciais", declarou Merkel, preferindo desvalorizar "alguns desentendimentos".

Recorde-se que as relações entre os dois países arrefeceram após as revelações de espionagem da agência norte-americana NSA sobre cidadãos alemães, incluindo a notícia de que o próprio telemóvel da chanceler, Angela Merkel, teria sido alvo de escutas. Já em Julho do ano passado a Alemanha anunciou a expulsão do chefe dos serviços secretos norte-americanos em Berlim, após a identificação de dois alemães que espiavam para os Estados Unidos.

Em Krün para o encontro do G7, Barack Obama e Angela Merkel têm planeadas reuniões bilaterais à margem deste encontro que junta os líderes dos Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Canadá e Japão num hotel de luxo no sopé da mais alta montanha alemã, Zugspitze.

Entendimento estende-se também à posição face à Rússia
Ainda antes da reunião do G7, Obama reforçou a necessidade de fazer frente à "agressão" russa no Leste da Ucrânia. Uma posição partilhada pela chanceler alemã e pelo Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

O Executivo americano insiste na necessidade de manter as sanções contra Moscovo, que acusa de auxiliar a rebelião separatista em solo ucraniano. Donald Tusk apelou aos líderes do G7 para que "confirmem a sua unidade" no que toca a estas sanções. "Se alguém quiser reconsiderar esta política, será apenas para a reforçar", declarou.

A Rússia foi excluída deste grupo depois de ter anexado a Crimeia ao seu território em Março de 2014.

Sugerir correcção
Ler 5 comentários