Dilma e a sombra da impugnação

Seja por mudança de estratégia ou cedência ao populismo, o PSDB de Aécio Neves está agora a encarar a possibilidade de pedir a impugnação (ou impeachment) da Presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Se for mudança de estratégia, isso obrigará o PSDB a seguir em frente com a impugnação como “solução legítima” face aos casos de corrupção a que surge associado o PT, mas para isso terá de abrir brechas na coligação governamental de modo a garantir que no Congresso possa haver uma maioria favorável a tal solução. Mas se for apenas uma forma de aproveitar o descontentamento expresso nas ruas (que, aliás, teve menor expressão nas últimas manifestações), isso pode virar-se contra o PSDB, onde o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso veio já a público afirmar que “o impeachment não pode ser tese”. Uma coisa é clara: Dilma Rousseff foi eleita democraticamente e será preciso uma razão muito forte para justificar a sua destituição.

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