Parlamento aprova trasladação de Eusébio para o Panteão

Bancadas unânimes em elogiar Eusébio como "herói popular".

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Panteão Nacional Daniel Rocha

A Assembleia da República aprovou, esta sexta-feira, por unanimidade, um projecto de resolução que concede honras de Panteão Nacional ao futebolista Eusébio da Silva Ferreira, que morreu no ano passado.

Momentos antes da votação da iniciativa, subscrita por todas as bancadas, e que terminou com uma salva de palmas, os deputados elogiaram o antigo jogador do Benfica. Duarte Marques, do PSD, salientou Eusébio pelo seu “fair-play”.

“A maior memória de Eusébio não são os seus golos, os campeonatos que ganhou, é o seu fair-play e é isso que devemos honrar hoje”, afirmou o social-democrata. Pelo PS, Ramos Preto lembrou o “genial jogador” que “tinha algo dentro de si”, “não era só um grande futebolista, mas um homem muito especial”.

A decisão do Parlamento “faz história”, salientou por seu turno o centrista Telmo Correia, lembrando que até agora só foram concedidas honras de Panteão a figuras da política, da cultura ou da cultura popular, como Amália Rodrigues. “Conceder a um desportista e que é sobretudo um herói popular a Assembleia da República também está a fazer história, orgulha os portugueses e honra Portugal”, afirmou Telmo Correia.

Herói popular já o era antes da decisão da Assembleia, apontou Pedro Filipe Soares, do BE, salientando Eusébio como um homem “que conseguiu fintar o seu provável destino de pobreza”. Para João Oliveira, do PCP, esta decisão da Assembleia “corresponde ao reconhecimento e identificação do povo português” com o que considera ser um “futebolista genial”, e figura presente na “memória colectiva por aspectos do perfil humano e generosidade”. Nas palavras de José Luís Ferreira, do PEV, foi “uma figura marcante do século XX”.

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