Violência ensombra festejos argelinos em França

Confrontos com as forças de segurança levaram à detenção de 74 pessoas em várias cidades.

Festejos dos adeptos argelinos em Marselha
Fotogaleria
Festejos dos adeptos argelinos em Marselha Jean-Paul Pelissier / Reuters
Fotogaleria
Boris Horvat / Reuters

Os festejos após a vitória da Argélia degeneraram em confrontos com a polícia em várias cidades francesas na noite de quinta-feira. Dezenas de carros foram incendiados e 74 pessoas foram detidas pelas autoridades.

Pouco depois do empate entre a Argélia e a Rússia (1-1), que garantiu a passagem da selecção magrebina aos oitavos-de-final do Mundial, milhares de pessoas concentraram-se no centro das principais cidades francesas.

Alguns incidentes ocorreram na região parisiense, mas os principais focos de tensão foram em Lyon, Lille, Roubaix (no Norte) e em Marselha, de acordo com uma fonte policial ouvida pela AFP.

Os festejos tiveram um início pacífico, mas estiveram quase sempre rodeados de um grande dispositivo policial. Diz o Le Monde que, por exemplo, em Lyon foram mobilizados cerca de 450 elementos das forças de segurança. Naquela localidade várias lojas foram vandalizadas e dezenas de carros foram incendiados.

No Norte do país, a polícia contabilizou 16 veículos ardidos, sete dos quais na cidade de Roubaix.

Em Marselha, os incidentes ocorreram durante a madrugada, na zona do Vieux Port. Dois agentes da polícia que se deslocavam em motorizadas foram atacados com pedras por alguns adeptos.

O Ministério do Interior condenou os “excessos intoleráveis que mancharam a qualificação da Argélia”. “Foram obra de uma minoria que encontrou no Campeonato do Mundo um pretexto para agredir os bombeiros e as forças de segurança”, afirmou o porta-voz do ministério, Pierre-Henry Brandet.

Apesar destes episódios, o governo quis sublinhar que “a maioria dos festejos se desenrolou sem qualquer incidente e num ambiente excepcional”.

As forças policiais estão em alerta para o próximo jogo da Argélia, na segunda-feira contra a Alemanha.

Sugerir correcção
Comentar