Maria Mota: “Nada se faz sem dinheiro”

Investigadora, que se tem destacado no estudo da malária, recebeu agora o Prémio Pessoa 2013, que lhe foi atribuído em Dezembro.

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Maria Mota no seu laboratório no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa Tiago Machado

A investigadora Maria Mota, que recebeu o Prémio Pessoa 2013 esta segunda-feira em Lisboa, defendeu que “nada se faz sem dinheiro”, por muito boas que sejam as ideias, sublinhando que “a ciência é de todos, para todos”.

A cientista, que se tem destacado no estudo da malária, agradeceu as condições que teve para “experimentar, errar e corrigir” e o “enorme privilégio por poder passar os dias a procurar satisfazer uma das mais básicas necessidades humanas: a curiosidade”.

Na cerimónia, na qual recebeu o galardão das mãos do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e do presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, a docente realçou ainda a falta, em Portugal, de mulheres “como líderes de equipas criativas, a dirigirem institutos de investigação”.

Momentos antes, Maria Mota considerou, numa curta declaração à agência Lusa, que o prémio demonstra que foi “uma boa aposta” a confiança depositada “numa geração que foi formada nos mais altos laboratórios do mundo”.

O Prémio Pessoa, promovido pelo grupo Impresa, proprietário do semanário Expresso, e pela Caixa Geral de Depósitos, é atribuído anualmente à pessoa de nacionalidade portuguesa que se tenha destacado na vida artística, literária ou científica do país.

O vencedor desta 27.ª edição do Prémio Pessoa, no valor de 60.000 euros, foi anunciado em Dezembro de 2013, no Palácio dos Seteais, em Sintra. Na altura, o júri destacou sobre a investigadora do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, o “empenho entusiástico no que se pode chamar de cidadania da ciência”, uma vez que é também fundadora e presidente da Associação Viver a Ciência, que “tem como objectivo encorajar a filantropia em Portugal”.

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