Para Seguro, o tempo de “correr” com o Governo é “agora”

Líder do PS define europeias como a melhor oportunidade para fazer cair Pedro Passos Coelho

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Ricardo Castelo

O secretário-geral não o quis fazer de forma declarada. António José Seguro preferiu colocar o apelo na boca de alguns que – relatou esta quarta-feira em Fafe – lhe pediam para “correr” com o Governo. Um apelo ao voto que tinha por trás a expectativa das eleições antecipadas.

E foi assim que, no Restaurante Pinto da Costa, o líder do PS colocou o pé no acelerador para fazer colar as europeias às legislativas. “É agora, chegou o dia que tanto esperaram. É a hora de, com o voto de cada português, fazermos justiça, censuramos este Governo e votarmos na mudança para dar de novo esperança e confiança aos portugueses", disse. Num desafio directo aos descontentes, Seguro assegurou que o Governo estava só “de passagem” e que “o seu tempo está a chegar ao fim”.

O tom dos discursos anteriores já tinha sido particularmente assertivo. O cabeça de lista Francisco Assis para atacar a política económica do actual Governo, disse que esta nunca tinha dado “provas em lado nenhum”. Era a repetição do "neoliberalismo que levou o Chile à desgraça social". Para, em seguida , pedir que não se pusessem a exigir explicações, porque não estava  a comparar ninguém ao regime chileno. Mas depois lançou a farpa a Rangel, que escrevera uma carta a queixar-se do PS a Martin Schulz: “Já estou à espera que apareçam novos calimeros”, atirou.

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