Os “gémeos” PS, PSD e CDS na Europa continuam sem responder à CDU

João Ferreira continua a não poupar críticas ao Governo e aos socialistas.

Foto

Primeiro era uma constatação da CDU, agora está no papel. João Ferreira, o cabeça de lista da coligação à esquerda citou esta quinta-feira o estudo revelado pelo PÚBLICO que mostra que dois em cada três votos dos grupos europeus do PS, PSD e CDS são iguais para dizer que esta é a prova do que há muito aquela coligação vem dizendo sobre os três partidos.

Na quarta-feira também Jerónimo de Sousa tinha voltado a falar da ausência de diferenças entre a actuação dos três partidos no Parlamento Europeu. No sábado, no comício-festa no Coliseu de Lisboa, João Ferreira tinha desafiado PS, PSD e CDS a virem a público identificar uma medida legislativa importante para Portugal em que tivessem votado de maneira diferente em Bruxelas.

“Há muito tempo que andamos a dizer isto mas não deixa de ser interessante que agora vejamos confirmada esta realidade num estudo que é hoje chamado para a capa de alguns jornais”, disse nesta quinta-feira o cabeça de lista da CDU em Évora.

“Eles que nos venham dizer um exemplo, um só, um exemplo de algo verdadeiramente importante para o país, algo com impacto na vida nacional, matéria legislativa que tenha sido decidida no Parlamento Europeu nos últimos cinco anos e na qual PS, PSD e CDS tenham votado de maneira diferente”, voltou a apelar.

“Não o fizeram até agora; estamos convencidos que não o farão até às eleições”, acrescentou de imediato o comunista. “Pela simples razão de que em tudo, mas mesmo em tudo de mais relevante que lá foi discutido, decidido e aprovado eles estiveram juntos a aprovar essas decisões.” Daí que não tenham “credibilidade” de vir agora inscrever a palavra “mudança” em letras gigantes nos seus cartazes de campanha, afirmou.

Porque votaram juntos a PAC – Política Agrícola Comum, assim como a nova política das pescas, o orçamento da União Europeia que corta verbas a Portugal, e ainda aprovaram as regras que tornam “mais difícil a utilização desses fundos”.

Mas não foi só em Bruxelas, salientou João Ferreira, que alinhou mais argumentos, desta feita sobre a parceria entre os mesmos partidos mas dentro de fronteiras onde “há 37 anos infernizam a vida dos portugueses à vez ou juntos”. Porque PS, PSD e CDS fizeram um caminho “de mãos dadas”: nos sucessivos PEC onde foram sendo inscritos diversos cortes, na chamada da troika estrangeira, na concepção do memorando de entendimento, foi apontando João Ferreira.

 

 

Sugerir correcção
Comentar